Estamos em dezembro e o Latin NCAP ainda está divulgando resultados dos seus testes de colisão, desta vez com o penúltimo do ano. A rodada contou com três modelos: o Toyota Corolla e os novos Volkswagen Polo e Virtus. Tanto o modelo japonês quanto o hatch alemão são feitos no Brasil, enquanto o Virtus é a versão indiana, já com o novo design que chegará ao nosso país apenas no ano que vem. O destaque é o Polo, que caiu de 5 para 3 estrelas.

Antes com nota máxima no protocolo anterior, o Volkswagen Polo acabou com somente 3 estrelas com as novas regras. O hatchback foi bem na colisão frontal e lateral, mostrando uma boa proteção e estrutura estável. O que causou a queda na nota do compacto foi o impacto contra poste por dois problemas. O primeiro é o que o airbag lateral é pequeno e protege somente a cabeça, contra o Virtus que tem uma bolsa maior. O segundo é que tem somente quatro airbags, sem as bolsas de cortina para os passageiros traseiros, o que fez falta na proteção para crianças nesta prova. Assim, o novo Polo registrou 73% na proteção para adultos e 71% para crianças.

Também não ajudou ter ido mal nos dois quesitos restantes. A proteção de pedestres contabilizou somente 51% da nota máxima, por conta de uma avaliação marginal na região dos faróis. Também faltou a frenagem automática de emergência na versão de entrada. No último quesito, de sistemas de assistência à segurança, o Polo ficou devendo sensores de ponto cego, limitador de velocidade e assistente de faixa, recebendo 58% dos pontos possíveis.

Do outro lado está o Volkswagen Virtus, com a reestilização que já é vendida na Índia – o carro chega importado para o mercado mexicano, mas só será produzido no Brasil em 2023. Recebeu 5 estrelas, mostrando a mesma estrutura estável do Polo e um bom resultado no impacto dianteiro e lateral. Foi um pouco pior na colisão contra poste na proteção para adultos, mesmo que tenha um airbag maior. A nota para adultos foi de 92%.

O que mudou a situação para o sedã compacto foi a proteção para crianças, com nota 92%. A existência dos airbags de cortina para os bancos traseiros ajudou neste quesito. A avaliação para pedestres foi de 53%, com um pior resultado na região da grade em caso de atropelamento. Por ter airbags de cortina e frenagem automática de emergência como opcional, obteve 85% no campo dos sistemas de assistência à segurança.

Por fim, o último carro testado foi o Toyota Corolla, mantendo o bom resultado com a nota máxima de 5 estrelas. É a segunda vez que a geração atual passa pelo Latin NCAP, mesmo que a reestilização, prevista para o ano que vem, ainda não tenha sido lançada. A estrutura foi considerada estável e com boa proteção para o passageiro, porém com resultados um pouco mais baixos para o motorista, por causa de “estruturas perigosas atrás do painel” e por ter uma área instável na região dos pés. Acabou com 83% de proteção para adultos e 92% para crianças.

Seu resultado mais fraco foi na proteção para pedestres, por não ter frenagem automática de emergância calibrado para estradas, recebendo 60% neste quesito. Na última categoria, acabou com 88% por não oferecer um limitador de velocidade e sensor de ponto cego dentro dos requisitos do Latin NCAP. Por outro lado, a frenagem de emergência de uso urbano foi avaliada e ajudou a subir um pouco a nota final.

Mesmo com o resultado abaixo do anterior, a Volkswagen ainda pode se gabar de que o Polo foi o hatch melhor avaliado desde 2020, quando o novo protocolo passou a valer. O Peugeot 208 recebeu 2 estrelas e o Toyota Yaris ganhou somente 1 estrela. O Ford Ka (até então ainda vendido em alguns países da América Latina) e o Fiat Argo receberam nota zero.

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