Electric Days: brasileiro prefere elétrico e híbrido plug-in, diz ABVE
Associação Brasileira do Veículo elétrico vê público nacional preferindo os modelos que combinam tecnologias de propulsão
Presente na segunda edição brasileira do Electric Days, maior evento de eletrificação e ESG da América Latina, Ricardo Bastos, presidente da ABVE, falou dos panoramas para os veículos elétricos e eletrificados no mercado brasileiro. O principal executivo da Associação Brasileira do Veículo Elétrico mostrou que público nacional tem mostrado preferência por híbridos plug-ins, tendência que tem se expandido para o interior do país também.
Bastos mostrou os dados de vendas no acumulado entre janeiro e outubro de 2024 para veículos elétricos e eletrificados em suas variadas formas. Dos 138.581 carros comercializados com alguma eletrificação no acumulado do ano, 51.830 deles eram elétricos puros. Na sequência, vieram os modelos híbridos plug-in, com 46.566 unidades. O híbrido pleno flex vem na sequência com 17.481 unidades comercializadas no período. O híbrido convencional a gasolina (12.320) e o híbrido-leve (10.384) completaram o ranking.
O principal executivo da ABVE ainda destacou que a tendência do híbrido plug-in está se interiorizando. Entre os veículos leves eletrificados, 46% dos emplacamentos de carros novos aconteceram fora das capitais brasileiras. No interior, 74% das vendas de veículos de passeio no acumulado do ano foram de modelos híbridos plug-in.
Ricardo Bastos, da ABVE, no Electric Days 2024
Estrutura para elétricos também deve crescer
Ricardo Bastos ainda apontou que os ponto de recarga, ou eletropostos, poderão ser qualificados dentro do MOVER, novo programa do governo para a indústria automotiva nacional, a partir de 2025. Com isso, poderiam ser elegíveis a incentivos e aumentar a estrutura de recarregamento por aqui. O executivo da ABVE afirmou que o setor investirá fortemente nos próximos anos para a criação de mais corredores de recarga nos próximos anos, possivelmente facilitando a infraestrutura de recarga nas rodovias.
Até agosto, a entidade estima que o Brasil já conte com mais de 10.000 pontos de recarga, entre públicos e semi-públicos, como os instalados dentro de shoppings e estacionamentos, por exemplo. O foco da expansão dos pontos de recarga nos próximos anos será nos carregadores rápidos.
Desafios no horizonte
Para Ricardo Bastos, a adoção mais rápida de eletrificação no mercado brasileiro não estaria ocorrendo por conta de 6 desafios:
- Incerteza regulatória para investimentos em eletromobilidade
- Políticas públicas fragmentadas e isoladas
- Ausência de um plano nacional de eletromobilidade
- Poucos investimentos em tecnologia, pesquisa e desenvolvimento
- Linhas de crédito ou incentivos ainda pouco estimulantes
- Falso antagonismo entre eletromobilidade e biocombustíveis
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