Um estudo do Infosiga, Sistema de Informações Gerenciais de Acidentes de Trânsito, apontou que, em 2022, 357 ciclistas perderam a vida no tráfego das vias brasileiras. O número foi de praticamente um óbito por dia. Além do desrespeito à distância mínima de segurança, o diferencial de velocidade entre os ciclistas e os automóveis aumenta o índice de fatalidade.
Agora, a Comissão do Esporte da Câmara dos Deputados promoverá em 11 de julho uma audiência pública. O intuito é debater a redução do limite de velocidade dos automóveis nas cidades para garantir mais segurança para pedestres e ciclistas nos grandes centros e capitais brasileiras. O requerimento para realização da reunião foi apresentado pelo deputado Márcio Marinho (Republicanos-BA).
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Marinho argumenta que o Brasil é signatário da Declaração de Estocolmo, que recomenda estabelecer 30 km/h como limite de velocidade em áreas urbanas. O parlamentar também ressaltou que a Política Nacional de Mobilidade Urbana definiu, em suas diretrizes, a prioridade dos modos de transportes não motorizados. "Apesar da legislação federal, as cidades seguem priorizando veículos motores individuais. A velocidade e o volume de tráfego atuam como barreiras que impedem ou dificultam significativamente os deslocamentos locais a pé ou de bicicleta", disse.
Segundo Marinho, no esporte não é diferente. "Os atletas que treinam todos os dias para poder melhorar seu desempenho e, assim, atingir resultados de excelência em suas competições também são vítimas do trânsito. Isso tira o foco da sua preparação, colocando mais um elemento em sua rotina de trabalho", completou.
Entre os convidados para a audiência pública, estão a representante da ONG Caminha Rio, Thatiana Murilo; a representante da União de Ciclistas do Brasil (UCB), Ana Luiza Carboni;
a representante da Comissão de Segurança no Ciclismo RJ, Viviane Helena de Jesus Sousa Zampieri; o representante da Associação de Ciclistas de Planaltina (DF), Eduardo Guimarães; e a representante do Laboratório de Psicologia do Trânsito do Centro Universitário do Distrito Federal (UDF), Ingrid Neto.
Fonte: Agência Câmara de Notícias
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