Como se a escassez global de chips já não fosse problema o suficiente para a indústria automotiva, a invasão russa na Ucrânia está agora causando ainda mais problemas. Cada vez mais montadoras de automóveis estão enfrentando dificuldades de produção. A Volkswagen está se juntando a este grupo com o anúncio de que não está mais aceitando pedidos para a maioria de seus veículos híbridos plug-in.
A Automobilwoche da Alemanha, citada pela Automotive News, informa que a Volkswagen deixou de aceitar pedidos para as versões híbridas plug-in Golf, Tiguan, Passat, Arteon, e Touareg. Espera-se que esta seja uma mudança temporária, pois a empresa quer garantir que os pedidos já feitos sejam completados e entregues. Entretanto, este processo pode levar mais tempo do que o esperado e pode não acontecer até o final de 2022.
Os efeitos da guerra no setor automotivo:
Um porta-voz da Volkswagen disse ao Automotive News que a decisão vem como resultado da interrupção das cadeias de abastecimento relacionadas com a guerra na Ucrânia. A marca baseada em Wolfsburg está se unindo à Audi no congelamento de novos pedidos de modelos híbridos plug-in, numa tentativa de evitar que os prazos de entrega se prolonguem ainda mais. Por enquanto, não se sabe por quanto tempo os os plugáveis da Volkswagen ficarão indisponíveis.
No entanto, parece que a produção de híbridos plug-in não está afetando somente uma das linhas de montagem da Volkswagen. A Automotive News informa que a fábrica central da fabricante em Wolfsburg terá a produção suspensa entre 14 e 18 de março, enquanto sua fábrica Zwickau - onde são fabricados os veículos elétricos da Volkswagen - também ficará paralisada até 18 de março.
As unidades de produção da VW em Hannover e Dresden, assim como as fábricas na Polônia, também estariam sendo afetadas por problemas na cadeia de fornecimento. A Porsche também parou a produção em algumas de suas fábricas no início deste mês e espera-se que volte ao normal no final desta semana. A Volkswagen e a Porsche não estão atualmente produzindo ou vendendo carros na Rússia.
Fonte: Automobilwoche via Automotive News