A falta de semicondutores segue afetando a General Motors de forma pesada. A fabricante mudou o cronograma e o complexo em Gravataí (RS), responsável por montar Chevrolet Onix e Onix Plus, voltará a funcionar apenas no dia 16 de agosto – antes, o prazo era 3 de agosto. E o retorno será, inicialmente, com apenas um turno. As linhas de montagem estão paradas desde 5 de abril pela falta de chips.

Esta mudança na data de retorno das atividades em Gravataí foi feita por um comunicado da General Motors para o Sindicato dos Metalúrgicos de Gravataí (Sinmgra). Em nota enviada à Agência AutoData, a GM confirma que segue sendo afetada pela falta de semicondutores em toda a indústria:

“A cadeia de suprimentos da indústria automotiva na América do Sul tem sido impactada pelas paradas de produção durante a pandemia e pela recuperação do mercado mais rápida que o esperado. Isso está afetando de forma temporária nosso cronograma de produção no Brasil.”

Galeria: Fábrica de Gravataí - 4 milhões de unidades

Sem conseguir montar o Chevrolet Onix ou o sedã Onix Plus, a marca logo viu ambos despencarem na lista de carros mais emplacados, por não ter mais unidades para entrega. O Sinmgra revela que o pátio de Gravataí está totalmente vazio e até alerta para uma chance de que a volta da produção seja adiada novamente, por depender do reestabelecimento do fornecimento de semicondutores. E, como isso está afetando a indústria global, pode levar muito tempo – a Anfavea, associação das fabricantes, afirma que o problema deve se alongar até o início de 2022.

O impacto dentro da GM vai além de Onix e Onix Plus. A fábrica de São Caetano do Sul, onde é feito o SUV compacto Tracker e a minivan Spin, também parou as linhas de montagem. O único ponto bom dessa paralisação é que a empresa aproveita para mexer no complexo, preparando-se para a chegada da nova picape abaixo da S10.

A falta dos chips está afetando outras fabricantes. A Volkswagen anunciou duas paradas em um intervalo de 15 dias, sendo que a mais recente começou no último dia 21 e terá efeito durante 10 dias para as unidades de São Bernardo do Campo (SP), São Carlos (SP) e São José dos Pinhais (PR). A Hyundai foi outra que teve que decidir frear a produção, reduzindo a operação em Piracicaba (SP) para somente um turno.

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