Em setembro de 2023, discutimos sobre a volta dos impostos de importação sobre híbridos e elétricos. Gradual, hoje é de 12% para híbridos e 10% para elétricos e, a partir de julho, vai para 25% em HEV, 20% PHEV e 18% para os EVs. Só que a Anfavea, Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores, quer que vá aos 35% direto, algo que era previsto apenas em julho de 2026.
Isso é pela chegada em grandes volumes de carros chineses, principalmente BYD e GWM. Apesar de ambas já terem suas plantas nacionais em preparação para a produção brasileira, acabam incomodando as demais com preços que ameaçam as marcas tradicionais e modelos não eletrificados.
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Falamos sobre isso nesta edição do Motor1.com Podcast. Após a Anfavea, a ABEIFA e ABVE, associações de importadores e de veículos elétricos, respectivamente, se posicionaram contra esse pedido - que o governo brasileiro iria estudar, mas dificilmente colocará em prática para não prejudicar os investimentos locais já anunciados, principalmente a chamada previsibilidade que tanto foi pedido no passado.
Essa discussão vai além de lados políticos. Em qualquer cenário, sempre há um protecionismo para a produção, mas é preciso entender o acesso a tecnologias novas, principalmente a eletrificação que, em um amplo aspecto, é necessária para a redução de emissões, algo tão discutido globalmente. Até onde isso é saudável para ambos os lados? Quem tem razão? Qual a ameaça para a indústria?