Sétimo na largada, sétimo após a bandeirada. Depois de sofrer dois incidentes na curva 7, um no segundo treino livre, na sexta-feira, e outro no treino classificatório, o fim de semana de Charles Leclerc não melhorou muito no GP de Miami da Fórmula 1, que aconteceu neste domingo.

O piloto da Ferrari passou grande parte da corrida 'lutando' contra a Haas de Kevin Magnussen no pelotão e, embora tenha assumido a liderança sobre o dinamarquês, mostrou-se impotente contra a Mercedes – incluindo Lewis Hamilton, da Mercedes, que largou em 13º e terminou na sexta posição.

Fazendo um balanço após a corrida, Leclerc se mostrou insatisfeito com as características de seu SF-23, da Ferrari – inclusive com problemas que não haviam surgido antes. 

"Realmente temos que encontrar alguma coisa, porque no primeiro stint, não tive absolutamente nenhuma aderência - mas realmente nenhuma. Estamos completamente fora da janela certa do pneu no início do stint", lamentou o monegasco.

"Depois, com os pneus duros fica um pouco melhor. Mas olha, ainda muito longe daqueles com quem queremos lutar. Temos que trabalhar muito. Temos um carro que é muito inconstante na corrida, é muito difícil ir ao limite. Além disso - não acho que seja culpa do carro - há realmente algo que você deve observar no carro, toquei muito no chão nas curvas rápidas, mas muito realmente, não foi um problema ontem ou anteontem. Temos que olhar porque não é muito normal."

Quando questionado se viu alguma semelhança com a corrida em Jeddah, Leclerc respondeu: "Acho que tem sido semelhante desde o início da temporada, pois a cada corrida vamos de um composto para o outro e nunca sabemos o que vai acontecer em um novo composto, por isso é sempre uma incógnita como o carro está vai reagir e se os pneus vão estar na janela certa e isso é muito difícil para um piloto ganhar confiança e adaptar sua pilotagem porque você vai de um conjunto para outro e o carro está completamente em uma janela diferente."

Resta saber qual foi o impacto das mudanças no comportamento dos monopostos.

"Vamos ver até que ponto os desenvolvimentos estão indo na direção certa e fazendo o que esperávamos. Mas, claramente, não estamos no nível que queríamos. Nas retas, temos muitos problemas no momento, especialmente quando os outros têm o DRS", disse Leclerc.

Sobre as expectativas para a corrida em Ímola, daqui duas semanas, o monegasco respondeu que espera "ver o primeiro progresso [do carro] lá". 

"Mais uma vez, as condições vão ser muito diferentes lá com clima diferente. Teremos algumas peças novas no carro que espero que estejam na direção certa. Estamos trabalhando nessa consistência e espero ver o primeiro progresso lá", concluiu.

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