A General Motors anunciou um investimento de US$ 50 milhões (R$ 232 milhões) para modernizar sua linha de montagem na Colômbia. O dinheiro será utilizado para dar início à produção de Joy e Joy Plus, modelos atualmente importados do Brasil, mas que já foram descontinuados em nosso mercado.
De acordo com a declaração oficial da GM Colômbia, a montagem local dos Chevrolet Joy e Joy Plus (sedã) terá início em 2023, com o objetivo de atingir uma média anual de 35.000 unidades fabricadas, das quais 30% serão destinadas ao mercado local e 70% serão exportadas para Equador, Peru e Argentina, hoje atendidos pela fábrica de São Caetano do Sul (SP). Os porta-vozes da marca afirmaram que este investimento favorecerá a geração de empregos locais e também o desenvolvimento de novas peças automotivas.
“Este projeto demonstra o compromisso da GM com a Colômbia por 66 anos. Esperamos com esta iniciativa seguir contribuindo para a recuperação do país, assim como a geração de emprego qualificado e bem remunerado”, afirmou Santiago Chamorro, presidente da General Motors para a América do Sul.
Em 29 de dezembro de 2021, a General Motors do Brasil informou aos concessionários locais a respeito do fim da produção de Joy e Joy Plus para cá. O anúncio foi feito no mesmo dia em que a empresa informou que a dupla passaria a contar com controle de estabilidade de série nas unidades que seriam exportadas para a Argentina.
A dupla era produzida a um ritmo mais lento, enquanto a marca prioriza tanto o SUV Tracker quanto a minivan Spin, ambas também feitas em São Caetano do Sul (SP). No caso do Brasil, não havia como justificar sua sobrevivência. A GM tem focado suas vendas no varejo e a linha Joy existia para atrair os clientes na venda direta, onde o desconto faria com que tivesse um valor final melhor. Para o consumidor normal, era uma conta que não faz sentido: O Joy custava no final do ano passado R$ 65.860, enquanto a geração atual do Onix, bem mais equipada, saía então por R$ 71.390.
Ao mesmo tempo, a planta de São Caetano do Sul se prepara para a produção da Montana. O próprio Tracker deve começar a ser produzido na Argentina para aquele mercado, abrindo espaço no ABC paulista para a nova picape, que será exportada para a América Latina em um bom volume, além da Spin e do próprio Tracker para o Brasil.
Procurada por Motor1.com sobre a possibilidade do Joy voltar ao mercado, a GM mandou o seguinte posicionamento:
A GM informa que realiza importantes investimentos em suas operações na América do Sul para o desenvolvimento de novos produtos, tecnologias e serviços, no intuito de continuar oferecendo um portfólio de produtos conectados com as tendências globais de mercado e necessidades do consumidor local. Além disso, a empresa segue trabalhando para fortalecer sua estratégia de produção e exportação de produtos, tornando-a mais flexível e dinâmica.
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