Após as vendas de motos 0km terem crescido mais de 26% no ano passado, bem mais que os 1,21% registrados para carros e comerciais leves, era apenas uma questão de tempo para ser revelado que os dados de produção de motocicletas no Brasil em 2021 seriam bastante positivos.

A Abraciclo, entidade que reúne as principais fabricantes nacionais de motos - a maioria situada em Manaus (AM) - revelou que em 2021 suas associadas produziram um total de 1.195.149 unidades. Isso representa uma elevação de 24,2% em comparação ao número de 2020, que foi de apenas 961.986 motocicletas. É o melhor resultado anual desde 2015, quanto 1.262.708 unidades deixaram as linhas de montagem.

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A projeção inicial da Abraciclo estimava que a produção total de motos no Brasil em 2021 deveria chegar a 1.220.000 unidades, mas o número registrado de fato no ano passado ficou apenas 2% abaixo das previsões. Agora para 2022, a entidade estima que a indústria nacional de duas rodas deve chegar a 1.290.000 motos. Ou seja: 7,9% de crescimento sobre o resultado de 2021.

Outro número que cresceu no ano passado foi o de exportações. Em 2020, 33.570 unidades deixaram o país rumo a outros mercados. Já em 2021, esse número chegou a 53.476 motos. A Argentina foi o principal destino internacional das motos nacionais, com 16.119 unidades, ou 28,7% do total. Na sequência aparecem Colômbia (12.541 unidades) e Estados Unidos (11.642).

Na divisão por motorização, 80,7% de todas as motos que foram emplacadas no ano passado eram de baixa cilindrada (até 160 cm³), com 932.797 unidades comercializadas. As de média cilindrada (de 161 cm³ a 449 cm³) tiveram participação de 15,5% (179.481 unidades), enquanto as de alta cilindrada (acima de 450 cm³) representaram somente 3,8% do mercado (43.796 unidades).

Yamaha NMax 2021

Entre as categorias, o segmento de motos street, onde está a líder Honda CG 160, teve 48,8% de participação no total das vendas em 2021, crescendo 23,2% em relação a 2020 e chegando a 563.773 unidades. O destaque, porém, vai para o segmento das scooters. Com 107.285 unidades vendidas no ano passado, o segmento cresceu 40,9% na comparação com 2020. Marcos Fermanian, presidente da associação, afirmou que “Apesar de ter 9,3% de participação no mercado, as scooters estão ganhando cada vez mais espaço nas ruas, graças a sua praticidade, versatilidade e baixo consumo de combustível. A tendência é de que a procura cresça ainda mais” .

A Abraciclo também revelou que o número de produção poderia ter sido maior, não fossem as dificuldades impostas pela pandemia no início do ano passado. Na estimativa da associação, mais de 100 mil unidades deixaram de ser produzidas em 2021 por conta disso. Hoje, a fila de espera por uma unidade de baixa cilindrada estaria próximo de 30 dias, mas as entregas devem se normalizar nos próximos dias.

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