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Renault Captur: veja a trajetória ao lado do Duster no Brasil

Prestes a ganhar mais protagonismo com motor turbo, relembre a carreira do SUV desde seu lançamento em 2017

Renault Captur Intense Teste Motor1 BR

O segmento de SUVs é a atual “galinha dos ovos de ouro” da indústria automobilística. No Brasil, as montadoras emplacaram nada menos do que 316.530 unidades no 1º semestre de 2021, 39,36% de tudo o que foi comercializado segundo os dados oficiais divulgados pela Fenabrave. Neste cenário, quem pode se dar ao luxo de ficar de fora?

A Renault parece compreender a importância de voltar a ser competitiva diante dos rivais e prepara o seu contra-ataque com o lançamento da versão reestilizada do Captur 2022, cuja principal novidade é a adição do motor 1.3 turbo de até 170 cv e 27,5 kgfm de torque ao portfólio de um modelo que emplacou apenas 3.490 unidades entre janeiro e junho. Para se ter uma ideia do desafio, o Jeep Renegade, líder entre os SUVs compactos até o momento, conquistou 40.607 consumidores, quase 12 vezes mais.

Galeria: Renault Captur - Histórico

2016/2017: a chegada ao Brasil

Apresentado ao público no Salão do Automóvel de 2016 com design igual ao do Kaptur comercializado na Rússia e maior do que o modelo europeu, o Captur começou oficialmente sua carreira por aqui em março de 2017, embora as primeiras unidades tenham sido emplacadas já em janeiro. A estreia foi com duas versões: a Zen, equipada com motor 1.6 SCe de até 120 cv e câmbio manual, e a Intense, com o 2.0 16V de até 148 cv e câmbio automático de apenas 4 marchas.

Foi apenas em junho daquele ano que chegou a versão mais aguardada até então: a Zen 1.6 equipada com câmbio automático CVT Xtronic. Com o portfólio com três versões a partir daquele momento, o Captur encerrou seu 1º ano no mercado com 13.742 unidades vendidas, 3,7 mil unidades a menos do que o irmão Duster (17.460).

Renault Captur Intense 2.0
Renault Captur 2022 Rússia 1

2018/2019: o SUV mais vendido da Renault

Em 2018, seu 1º ano completo, o Captur assumiu a liderança interna da marca francesa: foram 26.504 unidades, contra 23.580 unidades do Duster. Uma diferença reduzida, diga-se de passagem, considerando a diferença de idade entre os projetos – o irmão mais velho começou a ser vendido no Brasil no final do 2º semestre de 2011. Mas foi apenas em 2019 que o modelo se aproximou das 30 mil unidades anuais (28.660).

Naquele período, o Captur registrou em junho o seu melhor desempenho em um único mês (3.898) mesmo tendo dado adeus em março à versão Zen, única a contar com motor 1.6 e câmbio manual – segundo a Renault, por conta de um reposicionamento de preços e de versões do modelo. Com isso, restaram apenas a Intense 1.6 CVT e a Intense 2.0 automática. A redução do portfólio, no entanto, foi temporária.

Em outubro, cerca de um ano após a apresentação ao público no Salão do Automóvel de 2018, começou a ser comercializada a versão Bose – tanto com motor 1.6 quanto com motor 2.0 -, tida até então como uma série especial e cujo grande diferencial era o sistema de som especial da marca Bose com 7 alto-falantes e um amplificador digital. O mês de agosto de 2020 trouxe um novo reposicionamento de versões, com a retirada da versão Intense (1.6 e 2.0) e o retorno da versão Zen 1.6 CVT, além das já existentes Life (PCD) e Bose 1.6 CVT.

Renault Captur XTronic CVT

2020: uma queda com explicações

Março do ano passado, aliás, foi a última vez em que o Captur vendeu mais do que o Duster (1.117 x 1.015) – nestes 54 meses em que convivem, o irmão mais novo só ficou à frente em 26 oportunidades. No ano passado foram vendidas apenas 10.870 unidades, menos de 1/5 do líder VW T-Cross (60.119). Em 2021 a Renault voltou a enxugar o número de versões, passando a vender a partir de março apenas a versão Bose, o que prejudicou ainda mais a cambaleante carreira comercial do modelo nos últimos tempos.

Para um modelo que desde seu lançamento até junho emplacou apenas 83.266 unidades (média de 1.542 unidades mensais), tentar se destacar agora diante de um número cada vez maior de rivais será um desafio e tanto. Será que a nova motorização é o fôlego que faltava ao Captur para deslanchar?  As cartas estão na mesa e os resultados dos próximos meses indicarão se a aposta da Renault foi bem-sucedida.

ANO

MÊS

RENAULT DUSTER

RENAULT CAPTUR

TOTAL RENAULT

% TOTAL RENAULT (2011-2021)

TOTAL

%

TOTAL

%

2017

JAN

1.469

87,8%

205

12,2%

1.674

0,4%

2017

FEV

1.693

86,8%

258

13,2%

1.951

0,5%

2017

MAR

2.089

75,3%

686

24,7%

2.775

0,7%

2017

ABR

1.899

70,5%

793

29,5%

2.692

0,7%

2017

MAI

1.574

52,9%

1.404

47,1%

2.978

0,7%

2017

JUN

800

44,2%

1.010

55,8%

1.810

0,5%

2017

JUL

715

39,3%

1.103

60,7%

1.818

0,5%

2017

AGO

1.477

55,8%

1.172

44,2%

2.649

0,7%

2017

SET

943

45,2%

1.143

54,8%

2.086

0,5%

2017

OUT

1.297

37,2%

2.194

62,8%

3.491

0,9%

2017

NOV

1.754

51,2%

1.669

48,8%

3.423

0,9%

2017

DEZ

1.930

47,8%

2.105

52,2%

4.035

1,0%

2017

17.640

56,2%

13.742

43,8%

31.382

7,9%

2018

JAN

1.215

43,0%

1.608

57,0%

2.823

0,7%

2018

FEV

930

48,9%

973

51,1%

1.903

0,5%

2018

MAR

1.247

47,7%

1.367

52,3%

2.614

0,7%

2018

ABR

1.633

49,2%

1.683

50,8%

3.316

0,8%

2018

MAI

1.361

44,5%

1.698

55,5%

3.059

0,8%

2018

JUN

2.015

50,0%

2.012

50,0%

4.027

1,0%

2018

JUL

2.534

49,2%

2.616

50,8%

5.150

1,3%

2018

AGO

2.701

46,9%

3.062

53,1%

5.763

1,4%

2018

SET

1.804

43,6%

2.329

56,4%

4.133

1,0%

2018

OUT

2.702

45,5%

3.239

54,5%

5.941

1,5%

2018

NOV

2.670

51,1%

2.554

48,9%

5.224

1,3%

2018

DEZ

2.768

45,1%

3.363

54,9%

6.131

1,5%

2018

23.580

47,1%

26.504

52,9%

50.084

12,6%

2019

JAN

1.910

42,8%

2.556

57,2%

4.466

1,1%

2019

FEV

1.686

49,1%

1.746

50,9%

3.432

0,9%

2019

MAR

1.892

50,3%

1.871

49,7%

3.763

0,9%

2019

ABR

2.015

51,9%

1.870

48,1%

3.885

1,0%

2019

MAI

2.489

57,5%

1.841

42,5%

4.330

1,1%

2019

JUN

3.019

43,6%

3.898

56,4%

6.917

1,7%

2019

JUL

1.777

39,9%

2.680

60,1%

4.457

1,1%

2019

AGO

1.253

37,7%

2.073

62,3%

3.326

0,8%

2019

SET

2.055

43,0%

2.729

57,0%

4.784

1,2%

2019

OUT

2.074

42,6%

2.799

57,4%

4.873

1,2%

2019

NOV

2.749

49,2%

2.837

50,8%

5.586

1,4%

2019

DEZ

3.171

64,3%

1.760

35,7%

4.931

1,2%

2019

26.090

47,7%

28.660

52,3%

54.750

13,8%

2020

JAN

1.153

54,7%

956

45,3%

2.109

0,5%

2020

FEV

720

43,1%

949

56,9%

1.669

0,4%

2020

MAR

1.015

47,6%

1.117

52,4%

2.132

0,5%

2020

ABR

1.015

72,6%

384

27,4%

1.399

0,4%

2020

MAI

1.015

75,9%

322

24,1%

1.337

0,3%

2020

JUN

1.921

58,4%

1.366

41,6%

3.287

0,8%

2020

JUL

1.422

50,6%

1.388

49,4%

2.810

0,7%

2020

AGO

1.197

61,3%

757

38,7%

1.954

0,5%

2020

SET

1.830

76,0%

578

24,0%

2.408

0,6%

2020

OUT

2.460

80,7%

589

19,3%

3.049

0,8%

2020

NOV

2.618

75,4%

854

24,6%

3.472

0,9%

2020

DEZ

3.110

65,9%

1.610

34,1%

4.720

1,2%

2020

19.476

64,2%

10.870

35,8%

30.346

7,6%

2021

JAN

1.536

57,0%

1.159

43,0%

2.695

0,7%

2021

FEV

1.436

77,3%

422

22,7%

1.858

0,5%

2021

MAR

2.624

83,7%

510

16,3%

3.134

0,8%

2021

ABR

2.413

87,2%

355

12,8%

2.768

0,7%

2021

MAI

2.588

82,5%

549

17,5%

3.137

0,8%

2021

JUN

2.353

82,6%

495

17,4%

2.848

0,7%

2021

12.950

78,77%

3.490

21,23%

16.440

4,1%

TOTAL

314.803

79,08%

83.266

20,92%

398.069

100,0%

Observação: Números contabilizados até junho/21.

Fonte: Fenabrave

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