O sucesso do Kwid na Índia logo levou a Renault a pensar em formas de aproveitar a base do subcompacto. Veio o plano de criar variantes do projeto e a primeira delas acaba de ser apresentada: o Renault Triber. Trata-se de uma minivan com capacidade para 7 pessoas e menos de 4 metros de comprimento. Começará a ser vendida no 2º semestre, com motor 1.0 aspirado e, em 2020, receberá o inédito 1.0 SCe turbo. A fabricante diz que, após o lançamento no mercado indiano, irá levar o modelo para outros países, incluindo a América Latina.
Após a apresentação, Thierry Bolloré, CEO do Grupo Renault, conversou com alguns jornalistas indianos. "A Índia é um mercado chave para a indústria automotiva global e continuará a ser para o Grupo Renault, com mais de 500 mil carros da Renault nas ruas indianas”, disse o executivo ao site Autocar Índia. “O Triber foi concebido na Índia especialmente para o mercado indiano, e iremos lançá-lo primeiro aqui antes de levá-lo para mercados globais como a América Latina, onde o Kwid também tornou-se bem sucedido."
Os teasers divulgados pela marca antes do lançamento já mostravam o que poderíamos esperar do design do Renault Triber. A frente é bem parecida com o Kwid, mas com alterações que o deixam levemente mais agressiva. Conta com novos faróis, grade e para-choque, enquanto o capô foi redesenhado e a traseira exibe lanternas bem esguias na horizontal.
O destaque está do lado de dentro. A Renault diz que reinventou o espaço interno para conseguir levar sete pessoas dentro de um carro com menos de 4 metros. E, ainda assim, teve tempo para mexer no design interno do Triber, que traz um estilo mais moderno do que o Kwid, posicionando a central multimídia de 8” (o Kwid usa uma de 7”) mais acima, colocando um painel de instrumentos digital e atualizando um pouco o volante.
Mede 3,99 metros de comprimento, com 1,73 m de largura, 1,66 m de altura e um entre-eixos de 2,63 m. Como comparação, o Kwid tem 3,68 m de comprimento e 2,42 m de entre-eixos. Manteve a proposta de ser alto como um modelo aventureiro, com um vão livre de 182 milímetros, 2 mm mais do que o subcompacto.
A terceira fileira de bancos pode ser retirada, aumentando o espaço do porta-malas para 625 litros. Ela é mais alta do que as demais, o que dá mais espaço para pernas. A Renault diz que ela foi desenvolvida para acomodar adultos. Traz saídas de ar-condicionado, apoios de braço e até tomadas para quem viajar nos últimos assentos. A versão topo de linha vem ainda com câmera de ré, quatro airbags, chave presencial e rodas de liga leve aro 15”.
Sua motorização, neste primeiro momento, será composta exclusivamente pelo motor 1.0 SCe de três cilindros, o mesmo usado no Sandero feito no Brasil (o do Kwid tem cabeçote diferente). Porém, gera apenas 72 cv e 9,7 kgfm de torque, enquanto a versão usada por aqui alcança os 79 cv e 10,2 kgfm, com gasolina. Terá câmbio manual e automatizado, ambos de 5 marchas. Em meados de 2020, receberá uma novidade interessante: o 1.0 SCE turbo, variante inédita do motor.
Fotos: divulgação
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