Desde que fechou suas fábricas no Brasil, muito se colocou em cheque essa estratégia da Ford. Atuando como importadora, aproveitou para rever como se posiciona no mercado e, mesmo não vendendo mais o mesmo volume, colocou modelos modernos, de maior valor agregado nas concessionárias, o que deu certo.

Essa foi uma decisão global, mas o Brasil é um exemplo dessa estratégia. Trouxe modelos como Maverick e Bronco Sport, lançou uma nova geração da Ranger, seu produto mais importante do catálogo, além do Mustang, F-150, e agora a Ranger Raptor, um antigo desejo de quem gosta de picapes. 

 

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Dificilmente outras marcas instaladas no Brasil farão o mesmo que a Ford, que na época foi uma movimentação global. Mas a operação com lucro chama a atenção e representa um novo mercado, menos preocupado com o volume e mais de olho em quanto se ganha a cada unidade que é emplacada nas lojas. Ter produtos globais, sem uma diferenciação tão grande entre o Brasil e outros mercados, também ajudou a Ford a recuperar o que perdeu de imagem naquela época.

Só em 2023, foram nove lançamentos - dos 10 prometidos, um atrasou para o começo de 2024. De Transit com câmbio automático ao elétrico Mustang Mach-E, a Ford conseguiu mostrar que não desistiu do Brasil, mas trocou o popular Ka e o SUV compacto EcoSport por produtos e clientes dispostos a pagar mais por cada carro colocado nas ruas. 

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