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VW fará nova picape e SUV abaixo do Nivus no Brasil; veja o que sabemos

Com produção em São José dos Pinhais (PR) e Taubaté (SP), entrarão em segmentos aquecidos onde marca ainda não atua

Volkswagen Tarok - Salão de Frankfurt

Não é de hoje que estamos falando sobre os planos da Volkswagen para São José dos Pinhais (PR) e Taubaté (SP). Para entrar em segmentos aquecidos, a marca alemã terá uma picape com porte de Chevrolet Montana e um SUV para a briga com Fiat Pulse e Renault Kardian, que são planos já falados há alguns anos, agora confirmados com o investimento de R$ 9 bilhões no país.

Serão 16 lançamentos até 2028, mas a picape e o SUV já estão confirmados para as suas fábricas. Em comum, os dois produtos estarão sobre a plataforma MQB-A0, a mesma que a marca já usa em Polo, Virtus, T-Cross e Nivus, o que acelera o processo de desenvolvimento e até de produção, já que ambas as plantas foram preparadas para esta base. 

Volkswagen Yeh Concept 2024

Projeção: Volkswagen Yeh Concept 2024

Gol ou não Gol, eis a questão

Em 2019, o então presidente da VW do Brasil, Pablo Di Si, falou sobre um novo SUV nacional durante entrevista ao Motor1.com no Salão de Frankfurt. Quando questionado sobre ser o Nivus, ele deixou bem claro que era um carro menor, para uma faixa, até ali, que nenhuma marca tinha explorado além dos hatches aventureiros. Hoje, o mercado já conhece o Fiat Pulse e, em breve, o Renault Kardian. 

Muito já foi falado sobre este projeto nos bastidores. A plataforma MQB-A0 já está no Nivus, que poderá ter semelhanças com o novo carro, como o entre-eixos de 2.566 mm, o mesmo do Polo, mas o SUV será menor em comprimento. O Nivus mede 4.266 mm, sendo que o futuro SUV deverá ficar na faixa pouco acima dos 4 metros, como o Pulse (4.099 mm) e o Kardian (4.119 mm). O Polo mede 4.074 mm, como referência.

Projeção: VW Gol 2023 (SUV)

Seu posicionamento será abaixo do Nivus, justamente um ponto onde está o Fiat Pulse e estará o Kardian. Pelo comportamento e pedidos dos clientes do segmento, é esperado apenas motor 1.0 turbo, com câmbio manual e automático, e a VW deve o colocar acima do Polo, assim como a Fiat fez com o Pulse na comparação com o Argo. Ao menos em versões mais caras, a marca deverá fazer algo diferente do que fez com o Polo e colocar itens de segurança ativa e assistentes de condução.

Seu nome é um mistério. A Volkswagen não deverá adotar o nome Gol, principalmente pela forma com que respondeu ao que a Prefeitura de Taubaté cravou em uma postagem no Instagram, mas também não abre mais informações sobre seu futuro projeto. De qualquer forma, estará na planta onde o Gol nasceu por décadas, hoje produtora do Polo Track e Polo, assim como São Bernardo do Campo (SP).

Seguindo os passos da Chevrolet Montana com T-Cross, não Taos

No Salão do Automóvel de São Paulo de 2018, a VW apresentou a Tarok. O conceito da picape era um claro ataque ao que a Fiat fez com a Toro, mas que na verdade nos adiantava mais do Taos do que teremos nas ruas nos próximos anos. Daquele conceito mesmo, apenas a idéia de ter uma picape maior que a Saveiro para a substituir.

A Tarok era uma picape feita sobre a plataforma MQB, que está no Taos, para carros médios - a Toro é baseada no Jeep Compass, outro médio. Só que a conta não fechou e a Chevrolet pode ter mostrado que uma picape intermediária não precisa ser refinada e com dimensões da picape da Fiat. Enquanto a Montana usa a base do Onix/Tracker, a nova VW será do Polo/T-Cross.

Galeria: Volkswagen Tarok Concept - Salão de SP 2018

A MQB-A0 jé está em produção em São José dos Pinhais (PR) com o T-Cross. Este SUV dará origem a uma picape intermediária, provavelmente emprestando muitos componentes, como motor 1.4 turbo e tecnologias. É mais fácil e barato desenvolver e produzir com o T-Cross que com o Taos que, para ajudar, é feito na Argentina, o que exigiria uma mudança maior na planta do Paraná. 

Vale lembrar que o plano da Tarok original existiu, mas teve que mudar. Pablo Di Si disse ao Motor1.com que faria a Tarok na base do Taos na Argentina se a Amarok fosse feita em nova geração na fábrica da Ford, sua vizinha. Só que a Amarok reestilizada ocupou esse espaço e, para a produção no Paraná, terá que ser feita na base do T-Cross.

Por isso que a VW não investiu muito na reestilização da Saveiro. A VW pode deixar a picape compacta para a briga com a Strada e colocar uma nova picape em uma faixa mais rentável e procurada pelos clientes. A dúvida é se a nova picape pode ter o sistema híbrido-leve e o novo motor 1.5 turbo, ou ainda usar o 1.4 turbo sem eletrificação. Por isso que nem o nome Saveiro pode ser aplicado nesta nova picape. 

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