O ano de 2023 será dedicado para o início da operação da GWM no Brasil, com a abertura das concessionárias vendendo os SUVs Haval H6 (já disponível para encomenda) e o futuro Jolion, que será lançado no 2º semestre. Enquanto isso, a fabricante revela que iniciará a produção nacional em Iracemápolis (SP) no dia 1º de maio de 2024, começando a vender o primeiro modelo no início do 2º semestre. As opções são uma picape média e um SUV de 7 lugares, ambos híbridos-flex.

O anúncio foi feito pelo vice-presidente do Brasil, Geraldo Alckmin (PSB), durante uma visita à fábrica da GWM no interior paulista. Durante a ocasião, a marca mostrou uma picape média, confirmando que será batizada como Poer (pronuncia-se "póuer"), porém deixou claro que o modelo mostrado não é o que será vendido no Brasil. Isto porque a empresa ainda trabalha na caminhonete, que terá um visual novo, interior mais sofisticado e “muitas telas”. Há tempos os executivos da GWM dizem que a picape que chegará ao país não existe ainda nem na China, seu país de origem.

Apesar de ter mostrado a picape como exemplo, a GWM ainda não definiu qual será o primeiro veículo nacional. A caminhonete é uma das opções, junto com um SUV de 7 lugares com chassi sobre longarinas. Ou seja, a empresa ainda pensa se irá entrar primeiro no segmento de Chevrolet S10 e Toyota Hilux com uma picape; ou se atacará Chevrolet Trailblazer e Toyota SW4 com o utilitário. Seja qual for o escolhido, o segundo veículo também será feito no complexo, porém três meses depois.

Mesmo que sejam veículos inéditos, uma certeza é que ambos terão o mesmo motor 2.0 turbo flex e híbrido. Em uma apresentação anterior, Oswaldo Ramos, COO da GWM no Brasil, disse que todos os produtos da fabricante no país terão algum tipo de eletrificação. Será a segunda empresa a produzir um carro híbrido flex nacional (junto com a Toyota, com Corolla e Corolla Cross), e a ter uma picape híbrida nas concessionárias (a Ford prepara o lançamento da Maverick Hybrid para este ano).

GWM Poer

A GWM trabalhará com diversas marcas no Brasil, sempre dentro de uma concessionária só. A linha Haval, que estreou com o H6, tem SUVs com propostas urbanas, ao contrário da Tank, que faz utilitários “raiz” como o futuro modelo nacional de 7 lugares. A Poer normalmente é uma submarca de picapes. A empresa ainda tem outras marcas na China, como a Wey, que vende SUVs de luxo; e a Ora, só com carros elétricos.

Os planos da GWM para a fábrica são bem ambiciosos. A meta é exportar carros para toda a América Latina e, para ter volume, começará a modificar a fábrica para ampliar a capacidade produtiva atual de 20 mil unidades por ano para 100 mil unidades anuais, fruto de um investimento de R$ 10 bilhões pelos próximos 10 anos. A previsão é que isto gere aproximadamente 2.000 empregos diretos. O complexo em Iracemápolis é a quarta fábrica da GWM no mundo e a primeira fora da Ásia (as demais ficam na China, Rússia e Tailândia).


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