VW Polo, Nivus e T-Cross devem sair de linha na Europa sem novas gerações

Modelos serão substituídos pelo inédito EV de entrada da marca na virada tecnológica para eletrificação total

2 Março 2023 em 08:38

A virada tecnológica para eletrificação total deverá causar mudanças profundas no portfólio da Volkswagen, especialmente em mercados da Europa. Conforme explica a imprensa da região, a marca redefiniu estratégias e desistiu da ideia de manter em oferta uma linha de veículos tradicionais paralela ao catálogo de modelos elétricos. Com isso, diversos carros conhecidos sairão de linha sem ganhar novas gerações.

O site espanhol Motor.es cita três nomes principais que serão vítimas diretas da decisão: Polo, Taigo (irmão europeu do Nivus brasileiro) e T-Cross. Segundo informado, os modelos seguirão em oferta apenas até o final do ciclo de vida atual e, na sequência, serão descontinuados. Dessa forma, o Polo continuará vivo até 2024, o T-Cross até 2025 e o Taigo até pelo menos 2027.

Até então, a ideia era manter os modelos tradicionais em oferta ao lado dos elétricos até o limite máximo permitido pela legislação ambiental da União Europeia. No entanto, o plano foi abortado por conta dos altos custos envolvidos. A futura norma Euro 7 tornará tão difícil cumprir as regulamentações que algumas marcas estão optando por sacrificar modelos, e assim reduzir as emissões médias da frota.

Na própria linha Volkswagen os cortes já foram iniciados, a exemplo do que aconteceu com o Passat. O sedã saiu de linha depois de mais de 40 anos e será sucedido pelo elétrico ID.7. Já no caso de Polo, Taigo e T-Cross, tudo indica que serão substituídos de uma só tacada pelo inédito ID.2. Este será construído sobre a plataforma MEB Plus (evolução da conhecida arquitetura) e já está em desenvolvimento.

Volkswagen Polo GTI para Europa

No caso específico do Polo, tendo em vista a força comercial do nome, é possível que a VW opte por não descontinuar completamente o batismo. Nesse sentido, há chances de o inédito ID.2 se chamar ID.Polo ou algo nesse caminho.

A decisão, vale lembrar, cabe especialmente para a Europa. Em outros mercados, como o Brasil, a Volkswagen deverá adotar estratégia diferente, ainda mais levando em conta que o processo de eletrificação por aqui não está tão avançado quanto no Velho Continente.