Principal órgão avaliador da segurança veicular na América Latina e no Caribe, o Latin NCAP adotará regras mais rígidas e um novo sistema de classificação a partir de dezembro. Assim como acontece na versão europeia da entidade, as normas estão sempre sendo atualizadas a cada quatro anos, de modo que este novo protocolo irá valer até 2023.

Entre as principais novidades, destaque para a inclusão do temido teste do alce (que tem reprovado muitos modelos mundo afora, principalmente picapes e SUVs) e mudanças na concessão das notas (ou estrelas, como o órgão denomina). Os novos parâmetros entrarão em vigor efetivamente a partir do dia 10 de dezembro.

Galeria: Volkswagen T-Cross - Latin NCAP

Até então, a presença do controle de estabilidade (ESC) por si só já gerava um diferencial competitivo para o modelo avaliado, mas a análise agora levará em conta a atuação do sistema no temido teste do alce. 

Criado na Suécia, onde há grande presença de alces, o teste avalia o comportamento do veículo em manobras evasivas e tem como objetivo verificar a capacidade de evitar com segurança obstáculos repentinos, como animais atravessando a estrada. As provas são realizadas com desvios bruscos de rota em velocidades graduais (entre 30 km/h e 70 km/h), de modo a levar a suspensão ao limite com a transferência de peso de um lado para o outro.

É novidade também o novo sistema de classificação de estrelas. A partir de dezembro, será adotado aqui o mesmo formato já usado pelo Euro NCAP. Ou seja, haverá somente uma classificação, de 0 a 5 estrelas, ao contrário do modelo atual que classifica de forma separada as estrelas para adultos e crianças. Assim, será criado um sistema de porcentagem para indicar os resultados de cada categoria (adulto, crianças, proteção para pedestres e assistentes de condução).

Por fim, o Latin NCAP explica que os veículos já testados nos últimos 9 anos seguirão com os resultados obtidos na época das avaliações. No entanto, a entidade será mais rigorosa quanto ao uso dos resultados em campanhas publicitárias, devendo as montadoras informar a qual protocolo se referem. Além disso, os resultados só poderão ser usados em publicidade nos quatro anos após a avaliação, sendo vedada a utilização após esse prazo.

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