Com o crescimento do mercado de veículo eletrificados no Brasil, principalmente com a chegada das chinesas GWM e BYD e seus produtos com preços competitivos no segmento, as montadoras tradicionais e que produzem no Brasil se assustaram com a competitividade interna. Para frear isso, há a proposta da volta gradual do imposto de importação de 35%. 

A informação ainda não foi confirmada oficialmente, mas a proposta seria a volta de forma gradual, sendo de 9% durante os quatro primeiros anos. Durante entrevista com João Oliveira, presidente da ABEIFA e da JLR, o executivo comentou que o ideal seria este imposto chega a, no máximo 20%, justamente para manter a competitividade deste tipo de veículo, fundamental na nova estratégia de diversas empresas e nas reduções de emissões globais. 

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Segundo João, com o aumento dos impostos, não faria sentido importar alguns produtos eletrificado, que são mais caros que os puramente a combustão. Desta forma, o Brasil poderia perder esta evolução de tecnologias e voltaríamos a ter em nosso mercado produtos defasados diante o restante do mundo.

Para o presidente da associação de importadores, o ideal é um ajuste para incentivar a produção no Brasil deste tipo de veículo, o que aumentaria a quantidade de veículos produzidos no país para consumo interno e também para exportação - a JLR tem uma planta em Itatiaia (RJ), que hoje monta Evoque e Discovery Sport. Em praticamente todas as fábricas brasileiras, há espaço para esse crescimento com certa folga. 

João defende que não seria justo taxar produtos apenas das montadoras que não produzem no Brasil. O executivo reforça que produtos vindos do Mercosul e México não pagam imposto, mas de outras origens, pagam. 

De fato, o aumento repentino dos impostos para eletrificados pode acabar atrasando mais ainda o país da eletrificação que cresce ao redor do mundo. Recentemente, eles chegaram a valores que os deixaram mais acessíveis a uma parcela da população, na faixa dos R$ 150 mil. Com a volta do imposto, voltaríamos a valores mais altos e, mais uma vez, um atraso na adoção no país. Para uma parte com maior poder de compra, essa medida não mudará o fator de compra ou não.

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