O mercado mudou bastante nos últimos anos. Se não considerar as vendas diretas, temos modelos mais caros entre os mais vendidos, como os SUVs compactos e médios. Para as montadoras, isso significa um maior lucro por unidade emplacada, mas nos mostra que o comprador com menor poder de compra sumiu das lojas.

Há movimentos para a volta do carro popular. A Stellantis, o grupo que mais se aproveita de volume de produção e vendas, começa a procurar soluções com as associações e fornecedores para que o governo incentive a renovação da frota, levando o comprador novamente para as lojas em busca de um carro zero que ele possa pagar. E existe uma explicação para isso.

 

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As grandes fábricas instaladas no Brasil operam abaixo da sua capacidade. Isso gera um custo se produzir volumes muito menores e, mesmo que modelos mais caros estejam vendendo relativamente bem, ainda é necessário um volume mínimo para não ter prejuízo. Ainda há as montadoras com mais de uma fábrica no país, que ainda vê suas exportações prejudicadas pela baixa na economia da Argentina, um dos principais compradores de produtos brasileiros. 

Como isso será feito? O tempo dirá se essa briga terá algum resultado. O carro não chegará aos valores do passado, mas não podemos também aceitar que prejudiquem questões como segurança e um mínimo de conforto. Volume e lucro, há como equilibrar todo esse conjunto? 

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