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200TSI, T200: o que significa a sigla de alguns motores turbo?

Diferente do que alguns imaginam, número não está relacionado a cilindrada ou potência do motor

VW T-Cross Highline 250TSI 2025

Você já se perguntou por que algumas marcas colocam números junto aos nomes de seus motores? No caso da Volkswagen, há o 170, 200 e 250TSI; e no grupo Stellantis, os motores T200 e T270. Mas, diferente do que podem sugerir, essas siglas não se referem a cilindrada dos motores que equipam seus carros.

Esses números indicam o torque que é gerado pelo motor em Nm (Newton/metro), e não em kgfm (quilograma-força/metro), como geralmente é usado no Brasil e em outros países que usam sistema métrico. Usado como homenagem à Isaac Newton, a medida de força no sistema internacional tem relação de 1kgf = 9,8 N.

Vollkswagen Polo TSI 2023

Vollkswagen Polo TSI 2023

Vamos pegar o caso do TSI 170, motor de 999 cm³ turbo que estreou no subcompacto Up! em 2015 e hoje está presente no Polo e nas versões de entrada do sedã Virtus. No caso do Polo e do seu sedã, ele gera 16,8 mkgf e até 116 cv com etanol. Nesta caso, existe uma espécie de "licença poética", já que o número certo seria 17,3 kgfm ou 165 Nm.

A VW ainda tem o motor 1.0 TSI com outra configuração utilizada nas versões mais completas do sedã Virtus e nos SUVs T-Cross e Nivus, chamada de 200 TSI, que rende 20,4 kgfm e 128 cv de máxima. Já no 250 TSI (sigla utilizada no motor 1.4 turbo), que equipa a versão Highline do T-Cross, o Virtus Exclusive, o esportivo Polo GTS e o SUV médio Taos, tem 1.395 cm³ de cilindrada e rende 25,5 kgfm, podendo chegar até 150 cv.

No caso da Stellantis, os motores GSE T200 e T270 tem cilindradas de 999 cm³ e 1.332 cm³, com potências que variam de 130 cv de potência e 20,4 kgfm, presente em carros menores do grupo, como Citroen C3 e Peugeot 208, até os 185 cv de potência e 27,5 kgfm no motor maior, que está presente desde Jeep Renegade até modelos Abarth, como Pulse e Fastback.

Perua Quantum durou até 2001
Foto de: Motor1 Brasil

Questão de marketing

Até os anos 90/2000, era comum os consumidores escolherem seus carros pelo número da cilindrada na parte traseira - como o ''2000'' presente na linha Santana com o motor 2.0 AP. Quanto maior, mais potente, pelo menos na teoria. Mas com a chegada em massa do downsize a coisa mudou de figura, e modelos com motores pequenos, como o 1.0 TSI, o 1.0 T200 da Stellantis ou o 1.0 turbo da Chevrolet, que tem potência próxima ou similar a de carros 1.8 e até 2.0 vendidos há alguns anos. Por esse motivo, a marca alemã adotou a nomenclatura com o torque em Nm para tentar criar maior percepção de valor e tentar dar uma forcinha no marketing, mas criou confusão sobre sua real potência.

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