O mercado de picapes está agitado, boa parte na conta dos modelos intermediários, como Fiat Toro, Chevrolet Montana, Ram Rampage e Renault Oroch. Opções aos SUVs, trouxeram de volta a proposta de um carro deslocado para as picapes, além da versatilidade de uso pela caçamba sem perder o conforto de um carro de passeio.

Hoje, a Fiat Toro é o principal nome. Nos próximos anos, ao menos cinco montadoras terão novidades neste segmento, sendo quatro delas estreantes: Volkswagen, Nissan, Renault, Hyundai e Toyota. A produção varia entre Brasil e Argentina, dependendo da fabricante, com algumas já apostando em sistemas eletrificados, principalmente pelo fato de boa parte dester projetos estar datado para 2025 ou 2026.

Hyundai: base do Creta para ser mais barata

A nova fase da Hyundai no Brasil trará modelos para segmentos inéditos. Apesar da grande espera pela Santa Cruz, a picape vendida nos Estados Unidos chegaria muito cara por aqui, o que inclui uma possível produção local - como a plataforma é do Tucson, mais refinada e elaborada, deixaria a picape cara demais comparada ao que o mercado oferece hoje.

Durante o Salão do Automóvel de 2016, a Hyundai apresentou a Creta STC, um conceito feito sobre o Creta. Isso pode se repetir, com uma picape feita sobre o SUV compacto, compartilhando mecânica e componentes internos para reduzir os custos de desenvolvimento e produção. Algo assim deve demorar mais alguns anos para ganhar as ruas, se não for a última desta lista.

Nissan: produção na Argentina e irmã da Renault

A Nissan já confirmou que fará uma picape intermediária na Argentina. Compartilhando o desenvolvimento e componentes com a Renault, essa novidade da marca japonesa faz parte da estratégia de crescimento na nossa região, após o novo Kicks e um outro modelo inédito, ambos produzidos em Resende (RJ).

A picape da Nissan compartilhará a plataforma com a Renault, mas seu conjunto deverá ser próprio, com o sistema híbrido E-Power e design próprio, não apenas um rebadge da futura picape da marca francesa - o que acontece entre Nissan Frontier e Renault Alaskan. Isso deve acontecer em 2027.

Renault: a nova Oroch

Durante a apresentação do Kardian, a Renault mostrou a Niagara Concept. A picape, feita sobre a plataforma RGMP, é a próxima geração da Oroch, apesar de nenhuma confirmação sobre o nome se manter este ou adotar o Niagara. Com produção na Argentina, a picape pode ter o conjunto híbrido composto por um motor micro-híbrido de 48 volts na dianteira e motor elétrico no eixo traseiro para o sistema de tração integral.

A Niagara Concept tem 4,90 m de comprimento e 3 metros de entre-eixos, o máximo da plataforma RGMP. Com isso, a picape cresce na comparação com a atual Oroch e fica mais alinhada ao que a Fiat Toro oferece em dimensões. Apesar de nenhuma confirmação exata sobre datas, a picape é esperada até 2027, depois dos dois SUVs médios que a Renault apresentará para a região. 

Toyota: picape do Corolla e híbrida

A Toyota terá uma picape abaixo da Hilux com produção em Sorocaba (SP). O projeto global será baseado na próxima geração do Corolla e já nascerá híbrida em um conjunto mais moderno que o aplicado atualmente no sedã e no SUV, Corolla Cross. O conceito EPU adiantou essa proposta. 

Mas isso só deve acontecer em 2027 ou mais tarde. Primeiro, a marca está focada no novo Yaris Cross e na mudança da produção do Corolla de Indaiatuba para a planta de Sorocaba, além de esperar a troca de geração do sedã antes de ter a picape, que foi mostrada como conceito no Salão do Tóquio (Japão) de 2023. 

Volkswagen: do conceito para base de T-Cross

No Salão do Automóvel de 2018, a VW apresentou a Tarek. Baseada no que seria o Taos anos depois, visitou o mundo e chegou a ser totalmente cancelada pelos prejuízos da pandemia. Só que esse projeto voltou ao mundo, mas com a plataforma MQB-A0, compartilhada com o T-Cross, para ser mais barata.

Será produzida em São José dos Pinhais (SP) e está em fase inicial de testes, ainda em mulas com carroceria de Virtus. O motor 1.5 turbo será micro-híbrido e o projeto final deve ficar para 2026, no melhor caso, a depender do que veremos camuflado nos próximos meses. 

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