Anos após apresentar um conceito que antecipava uma picape intermediária, a Volkswagen finalmente está trabalhando para lançar um rival para Chevrolet Montana e Fiat Toro. Com a produção confirmada para acontecer em São José dos Pinhais (PR), a fabricante anuncia que investirá R$ 3 bilhões no complexo paranaense, com a maior parte do aporte sendo utilizado para montar o modelo inédito.
Parte do investimento de R$ 16 bilhões no Brasil até 2028, a picape será baseada no conceito Tarok, aquele que vimos no Salão do Automóvel de 2018. Não será exatamente igual. O protótipo era feito com a plataforma MQB-A1, usada em modelos maiores e mais refinados como Taos e Tiguan. A nova picape deverá utilizar a arquitetura MQB Hybrid, uma nova plataforma que modifica a MQB-A0 de Polo, Virtus, Nivus e T-Cross, aproveitando que a fábrica no Paraná já produz o T-Cross.
O projeto estava circulando nos planos da Volkswagen há tempos e a ideia inicial sempre foi de produzí-la. A pandemia fez com que todas as fabricantes congelassem investimentos e a Tarok foi uma das baixas. Voltou a ser considerada em 2021, com uma produção na Argentina, por usar a mesma arquitetura que o Taos. Saiu novamente dos planos por conta da decisão de reestilizar a Amarok atual, além da crise econômica na Argentina que ainda gera muitas dúvidas para a indústria do país vizinho.
A troca da plataforma deve mexer nas medidas da picape, ficando um pouco menor do que os 4,91 metros de comprimento da Tarok. Embora a Fiat Toro seja maior, com 4,94 m, não seria tão estranho se fosse menor, pois a Chevrolet Montana tem 4,71 m. O conceito tinha uma ideia diferente de caçamba variável, permitindo rebater o painel traseiro da cabine junto com os bancos traseiros, criando um assoalho plano. Na época, executivos da Volkswagen diziam que isso seria usado na versão de produção por “trazer algo novo” para o segmento, já que chegariam depois dos rivais.
Para poder enfrentar a concorrência, a nova picape deve vir com o motor 1.5 TSI EVO2, uma evolução do 1.4 turbo feita em São Carlos (SP). Ainda terá 150 cv e 25,5 kgfm, porém é bem mais eficiente por usar tecnologias como desativação de cilindros e, principalmente, pode ser combinado ao sistema micro-híbrido flex. A picape é um dos modelos cotados para receber esta nova motoriação.
O desenvolvimento da picape ainda está em estágios iniciais. Recentemente, nosso colega Renato Maia, do canal Falando de Carro, flagrou um Volkswagen Virtus camuflado com a bitola traseira mais larga e paralamas traseiros alargados. Tratava-se de uma mula da caminhonete, algo normal de se ver quando a fabricante ainda não tem uma carroceria adequada para utilizar e precisa começar o trabalho da plataforma e motorização. Como a fabricante falou somente sobre a produção do Virtus em 2025 no Paraná, a picape só deve aparecer no final de 2026, na melhor das hipóteses.
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