Apesar da crise gerada pela falta de semicondutores e do recuo vivido pelo mercado argentino, o sedã Cronos, da Fiat, deve fechar o ano de 2021 com motivos para comemorar. De acordo com a marca, a fábrica de Ferreyra, em Córdoba, entregará até dezembro aproximadamente 70 mil unidades do modelo e espera ampliar o número em 2022. Para efeito de comparação, apenas a Toyota (com Hilux e SW4) produz volume superior na indústria argentina.

O bom resultado é puxado pelo Brasil e pela própria Argentina, onde o Cronos tem driblado a crise local e se firmado como opção competitiva. Por lá, o modelo vem há meses liderando o ranking de vendas e respondendo por mais de 80% dos emplacamentos da Fiat. Na prática, é o melhor resultado para a marca no país desde 1993 com o sedã Duna (vendido no Brasil como Prêmio).

Galeria: Fiat Cronos 2021 - Argentina

Dos 70 mil exemplares a serem produzidos até o final do ano, cerca de 40 mil ficarão no mercado interno e 30 mil serão exportados para o Brasil. O volume permite equilibrar a balança comercial entre os dois países e garante a importação de um volume razoável de Toro, Strada e alguns outros modelos produzidos em solo brasileiro (Uno, Argo e Mobi).

Para 2022, a expectativa é aumentar ainda mais a produção. “Esperamos que a produção de 2022 comece com 8”, disse Perez Gaziano, diretor de relações externas da Stellantis, sugerindo volume superior a 80 mil carros. A meta poderá ser prejudicada pela escassez de chips, mas o executivo acredita que a gestão global do grupo garantirá o abastecimento.

Fiat Cronos 2021

O volume extra produzido será todo destinado à exportação, ou seja, ao Brasil. Por aqui, o Cronos vem crescendo no segmento embalado pelos problemas de produção dos principais rivais. Em agosto, por exemplo, emplacou 1.855 unidades e ficou à frente do VW Virtus, que vendeu 1.458 exemplares.

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