Este movimento era esperado desde que o Onix Plus foi lançado em 2019. A Chevrolet confirmou o fim da produção do sedã Cobalt, abrindo espaço na fábrica de São Caetano do Sul (SP) para o novo Tracker. Isso acontece 9 anos após seu lançamento oficial, passando por sua única reestilização em 2016.

O Cobalt nasceu com uma proposta diferente. Apostou em um grande espaço interno e preço próximo dos compactos e logo ganhou a preferência das familias e, principalmente, taxistas e empresas. Ao lado do Renault Logan e Nissan Versa, mostrou que espaço traseiro e porta-malas podem fazer um carro com visual mais simples vender bem. Em 2016, foi reestilizado, mas manteve as linhas gerais irretocadas. 

Galeria: Chevrolet Cobalt 2019

Hoje, as vendas se concentram nas unidades de estoque. No site da Chevrolet, a única versão disponível é a LTZ 1.8, com o motor aspirado de 106/111 cv ligado ao câmbio automático de 6 marchas por R$ 69.990. Em termos de equipamentos, está defasado diante até mesmo do Onix Plus, se destacando apenas com a central multimídia MyLink com espelhamento de smartphones - não há airbags além dos obrigatórios nem mesmo controles de tração e estabilidade. 

No porta-malas, o Cobalt consegue acomodar 563 litros, número até hoje com poucos concorrentes. O motor 1.8 foi recalibrado em 2016 e ficou mais econômico e se destaca pela suavidade de funcionamento - ele ainda continua em linha na minivan Spin, que ganhou o visual inspirado no Cobalt em 2018. 

O Cobalt vendeu apenas 282 unidades em janeiro deste ano. Este número é bastante inferior até mesmo as 786 unidades vendidas em dezembro de 2019, quando ele já apresentava uma queda brusca com a chegada do Onix Plus - que apesar de um pouco menor, tem mais equipamentos e um projeto mais novo, como o motor 1.0 turbo. 

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