Primeiras impressões Peugeot 5008 - Lugar para sete, por favor

Nas palavras da Peugeot, nem ela mesma esperava (ou estava pronta) para o sucesso do novo 3008. Mesmo não sendo tão recente assim, o modelo segue com fila de espera. E a fábrica Sochaux, na França, já opera no limite para atender diversos mercados mundiais e o Brasil, que recebe cerca de 250 unidades por mês. Tanta aceitação do público fez a Peugeot lançar agora o 5008 por aqui, o irmão quase-gêmeo do 3008, mais longo e com sete lugares. 

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O que é?

Até a coluna B, o Peugeot 5008 é idêntico ao 3008. Usa a plataforma EMP2, motor 1.6 turbo THP (a gasolina) de 165 cv e 24,5 kgfm de torque e câmbio automático de 6 marchas, com tração dianteira. Porém, estamos falando de 194 mm a mais de comprimento (4,64 m), sendo que 165 mm estão no entre-eixos (2,84 m). Ou seja, temos mais espaço interno para a segunda fileira e a presença de uma terceira fileira rebatível. O porta-malas chega a 780 litros, 260 a mais que o 3008.

Como anda?

Dividir muitos componentes com o 3008 está longe de ser algo negativo para o 5008. Pelo contrário. Ele mantém o que há de bom no irmão menor, como o I-Cockpit (com o volante de menor diâmetro e painel de instrumentos em TFT elevado), acabamento de boa qualidade e a dirigibilidade que o destaca no seu segmento. 

O roteiro do test-drive incluiu somente trechos em estradas, com três pessoas por carro. Nesta situação, o 5008 não sente os 260 kg a mais, mas a questão é como ele se comportará com sete pessoas a bordo e em subidas, já que rodovias como o Rodoanel de São Paulo e a Castelo Branco não conseguem reproduzir a volta da praia, por exemplo. Ao menos, são bons 24,5 kgfm de torque desde as 1.400 rpm, o que pode ser a salvação neste momento. 

Das duas versões disponíveis, fizemos o roteiro na mais completa, Griffe Pack, que vem com assistentes de condução (piloto automático adaptativo, aviso de saída de faixa, sensor de ponto cego e leitor de placas). Ou seja, foi só ativar o sistema na velocidade da via e comandar o volante. Ligue o massageador dos bancos dianteiros e o 5008 parece um SUV pronto para longas jornadas, assim como o 3008. Caso você pareça pegar no sono, ele irá avisar e pedir para parar. 

Na segunda fileira, os três assentos individuais regulam distância e encosto, com Isofix em cada um deles, e a oferta de espaço para as pernas é (bem) mais generosa que no 3008. Além disso, há mesinhas nos encostos dos bancos dianteiros e saída de ar-condicionado com regulagem de intensidade e cortina nas janelas. Ou seja, temos até cinco pessoas confortáveis e felizes. E as duas do "fundão"?

Bom, o desafio já começa na hora de entrar. Rebata o banco da segunda fileira e o deslize para frente. Sentado, as pernas ficam bastante flexionadas, o que causa desconforto. Para um deslocamento urbano rápido, serve, mas não espere passar mais de uma hora ali. Mas esse é um problema de atinge todos os automóveis que insistem em uma terceira fileira de bancos. Quem nunca teve este desconforto em uma Zafira?

 Quanto custa?

O Peugeot 5008 é vendido em duas versões. A Griffe custa R$ 157.490 (R$ 11.500 a mais que o 3008) e já traz equipamentos como a central multimídia com tela de 8" e Android Auto/Apple CarPlay, painel de instrumentos em TFT, 6 airbags, controles de tração e estabilidade, 4 pontos de Isofix, massageadores nos bancos dianteiros, ar-condicionado de 2 zonas, faróis de LEDs, rodas de 19" e o básico conjunto elétrico. A Griffe Pack (R$ 166.490) adiciona os assistentes de condução e de segurança. 

O Peugeot 5008 chega com a missão de conquistar ainda mais compradores para os SUVs da marca francesa. Para a empresa, a receita funcionou bem e já estão trabalhando para ampliar a oferta de unidades enviadas para cá. Com a vantagem dos sete lugares, se posiciona bem próximo do Chevrolet Equinox e do novo Honda CR-V, outro lançamento que quer bagunçar o segmento, e tudo indica que bem próximo do VW Tiguan All Space. Vale ficar de olho.  

Fotos: divulgação

Peugeot 5008 Griffe Pack