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Mercedes-Benz seguirá fazendo carros a gasolina porque "elétricos são caros"

O hatch Classe A deveria sair de linha este ano, mas terá a produção prorrogada por mais dois anos

Mercedes-Benz Classe A 2023

A Mercedes-Benz tem sido excessivamente otimista em relação ao aumento da popularidade dos veículos eletrificados, afirmando que os híbridos e elétricos representariam 50% de suas vendas até 2025. No entanto, é improvável que isso aconteça, pois a nova meta para 2024 é atingir apenas 21% do total de vendas. Enfrentando a dura realidade, a marca de luxo alemã não vai mais acabar com seu carro a gasolina mais barato este ano.

O Classe A deveria sair de linha em 2024, mas agora teve seu ciclo de vida estendido até 2026, de acordo com a revista Autocar. O hatchback compacto é efetivamente o ponto de entrada para a linha da Mercedes-Benz no mercado global, com preço inicial de € 37.401 (R$ 203.189) em seu mercado doméstico, a Alemanha. No Brasil, o hatch parte de R$ 344.900 na versão A200. No mês passado, o CEO Ola Kallenius admitiu que a paridade de preços entre carros com motor a combustão e modelos puramente elétricos ainda está "a muitos anos de distância". O executivo mencionou ainda que os clientes podem ver isso na diferença de preço entre um carro com motor térmico e um elétrico atual.

Mercedes-Benz Classe A 2023

A Mercedes está trabalhando em uma nova família de carros compactos e eles também terão motores a combustão. O CLA, a CLA Shooting Brake, o GLA e o GLB estão sendo substituídos por uma plataforma MMA recém-desenvolvida que suportará motores a gasolina, bem como motorizações totalmente elétricas. A empresa não disse uma palavra sobre se o hatchback Classe A, o Classe A Sedan e a minivan Classe B serão renovados - o trio estava programado para encerrar as vendas. Sabemos que há planos para um SUV pequeno com a mesma pegada que o Class G com essa nova arquitetura.

A fabricante acredita que os híbridos plug-in e os veículos elétricos representarão até 50% do total de vendas até 2030. É uma grande mudança em comparação com uma projeção feita há alguns anos, quando a empresa disse que seria totalmente elétrica em alguns mercados até o final da década. Com base nas metas recém-estabelecidas, podemos deduzir que a empresa pretende continuar fabricando carros com motores a gasolina na década de 2030 como resposta a uma adoção de elétricos mais fraca do que o esperado.

Em um documento preparado para investidores, a fabricante sediada em Stuttgart diz que está "tomando as medidas necessárias para se tornar totalmente elétrica", mas reconhece que "os clientes e as condições de mercado definirão o ritmo da transformação". Em outras palavras, se você quiser comprar um carro a gasolina em 2031 com a famosa estrela de três pontas, a Mercedes terá prazer em atendê-lo.

Há sinais de que a proibição de vendas da União Europeia para carros novos com emissões em 2035 pode não entrar em vigor. O diretor financeiro da Porsche, Lutz Meschke, disse recentemente que há "muitas discussões no momento sobre o fim do motor de combustão. Acho que isso pode ser adiado". Se isso acontecer, o que não seria um grande choque, a era do dos motores a combustão será prolongada.

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