GWM adia início da produção no Brasil para o 2º semestre de 2024

Fábrica em Iracemápolis (SP) deveria começar a produzir em maio, mas novas decisões do governo obrigaram uma mudança no cronograma

Experimentação do novo Haval H6 com leitores do Motor1.com Experimentação do novo Haval H6 com leitores do Motor1.com

Apesar dos esforços da GWM, a produção da fabricante chinesa no Brasil não começará em maio como estava programado. Ao invés disso, a fábrica em Iracemápolis (SP) iniciará a montagem dos primeiros carros nacionais da empresa somente no 2º semestre, iniciando com o SUV médio Haval H6, deixando a picape média híbrida para um outro momento.

A mudança no cronograma foi revelada por Ricardo Bastos, diretor de relações governamentais da fabricante, em entrevista ao podcast Papo de Garagem. Bastos afirma que não há uma nova previsão para a inaguração, mas afirma que “certamente será ainda este ano”. Até agora, a empresa trabalhava com a meta de começa a produzir em maio, começando a entregar as primeiras unidades nas concessionárias por volta de julho ou agosto.

Segundo Bastos, o que causou esta alteração nos planos foram as últimas decisões do governo, tanto por conta da volta do imposto de importação para carros elétricos e híbridos quanto o Programa Mover de incentivo para a industria automotiva – embora o governo federal ainda não tenha divulgado as regras e benefícios. “Precisávamos ter um produto de maior segurança quanto à aceitação do consumidor e ao volume de vendas e, por isto, o primeiro modelo será um SUV. A picape ainda está no plano, mas será o segundo modelo a entrar em produção”, explica o executivo.

Como divulgado pela própria GWM em diversas entrevistas, a ideia original era iniciar a produção brasileira com uma picape média ou um SUV derivado, a decisão seria tomada este ano quanto a ordem, mas um seguiria o outro com três meses de diferença. Como revelado por Motor1.com com exclusividade, o primeiro carro nacional agora será o Haval H6, informação confirmada por Oswaldo Ramos, COO da GWM no Brasil.

A escolha do Haval H6 faz todo sentido, por ser o carro-chefe da marca no momento. O SUV será impactado pela volta dos impostos para eletrificados, que irá subir novamente em julho de 10% para 18%. Produzir o SUV médio no Brasil resolveria este problema, além de solucionar outra dificuldade: o volume disponível para entrega. Hoje, muitos clientes esperam por um mês para receber o veículo. A nacionalização também abre a possibilidade de que o motor passe a ser flex, algo que já estava em desenvolvimento para a picape.

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