Projeto de lei quer exigir avaliação psicológica para renovação da CNH

Texto foi aprovado por comissão e segue para análise na Câmara dos Deputados

Carteira Nacional de Habilitação (CNH) Carteira Nacional de Habilitação (CNH)

Os motoristas podem ter que fazer uma avaliação psicológica toda vez que forem renovar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH). É o que determina o projeto de lei PLS 98/2015 do senador Davi Alcolumbre (União-AP), que foi aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). O texto agora vai para a Câmara dos Deputados, que irá analisar o projeto.

A proposta de Alcolumbre altera o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) para que todos os motoristas no Brasil tenham que realizar uma avaliação psicológica para renovar a CNH. Hoje, esta etapa é feita uma única vez pela maioria dos condutores, durante o processo para obter a primeira habilitação. Os únicos que precisam fazer o exame psicológico mais de uma vez são os motoristas que usam veículos para atividades remuneradas.

“O que nós estamos fazendo é porque, hoje, como a legislação está, o exame psicológico é vitalício. Você faz a habilitação, não faz mais o exame, a avaliação psicológica. E nós temos aqui uma realidade, no caótico sistema do trânsito brasileiro, de ansiedade, depressão, transtorno bipolar, esquizofrenia, transfornos relacionados ao uso de substâncias psicoativas; nós temos estresse pós-traumático, transtorno obessivo-depressivo. Então, nós estamos aqui efetivamente falando que este projeto é de suma importância para exigir essa avaliação psicológica apenas quando for renovar”, explica o senador Fabiano Contarato (PT-ES), relator do projeto.

Alcolumbre tem uma posição semelhante, defendendo que a saúde mental de uma pessoa muda com o passar dos anos desde a primeira habilitação, o único momento em que a avaliação psicológica é feita. O senador, que já foi delegado na Delegacia de Delitos de Trânsito em Espírito Santo, afirma que muitas doenças psicológicas podem afetar as ações dos motoristas e que uma nova avaliação pode evitar perdas de vidas ao volante.

 Como o texto acabou de ser aprovado pela CCJ, ainda terá que ser analisado pelo Câmara dos Deputados antes de ser votado, o que ainda não tem data para acontecer. Ainda existe a chance que um recurso contra a decisão da comissão trave o projeto. Se for aprovado pelos deputados, terá que passa pelos senadores antes de virar lei.


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