Na busca para preservar o meio-ambiente e reduzir o aquecimento global, as fabricantes dentro da União Europeia tem prazos para cumprir. A partir de 2035, todas as marcas terão que vender somente carros que não emitam CO2 de forma alguma, acabando com o motor a combustão até mesmo se tiver um sistema híbrido.

Porém, nem todos os países membros da União Europeia concordam com esta decisão. De acordo com a agência Reuters, a Alemanha já estava criando uma oposição por querer um posicionamento caso os combustíveis sintéticos virem realidade, para não desperdiçar bilhões de euros em pesquisa e desenvolvimento. A situação piorou tanto que o país germânico teria formado uma aliança com outras nações para criar um bloco de oposição ao banimento dos motores térmicos.

Além da Alemanha, o bloco é composto por mais seis países: República Checa, Eslováquia, Itália, Polônia, Romênia e Hungria. Os ministros do transporte dos sete países teriam se encontrado para discutir o que precisa ser mudado na proposta da União Europeia.

Volker Wissing, ministro do transporte da Alemanha, declarou que a proposta da União Europeia precisa ser alterada o quanto antes. Ele disse que a abordagem parece errada, a pontando que há uma maneira "climaticamente neutra" de usar os motores a combustão. A proposta da aliança é criar uma categoria separada para os carros a combustão que usem combustíveis neutros em carbono após 2035.

A última movimentação feita pela União Europeia para proibir a venda de carros com motores a gasolina e diesel aconteceu no ano passado. A nova legislação requer que as fabricantes zerem a emissão de CO2 de seus carros novos até 2035.

Além disso, a lei também dita que, até 2030, os carros 0 km devem emitir 55% menos CO2, ou 50% menos no caso das vans. As empresas de menor volume, que fazem entre mil e 10 mil unidades por ano, terão até 2036 para atender à nova legislação, enquanto as fabricantes que montam menos de mil unidades por ano podem ficar isentas.

Muitas fabricantes estão investindo no desenvolvimento, produção e teste de alternativas como combustíveis sintéticos ou hidrogênio. Porsche e Audi fizeram aportes para testar os combustíveis sintéticos, enquanto empresas como Honda, Hyundai e Toyota estão trabalhando em veículos movidos a hidrogênio há anos.

Existe um posicionamento parecido no Brasil. Muitas fabricantes como Volkswagen, Fiat e Toyota defendem o uso do etanol como uma alternativa aos carros elétricos, por emitir muito menos CO2 do que um carro a gasolina e ser uma tecnologia já existente e bem difundida pelo país.


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