Após perder para a BYD a liderança do mercado chinês em 2023, a Volkswagen prepara verdadeira ofensiva de lançamentos no país. No Salão de Pequim, nesta semana, a marca anuncia detalhes das novidades para o público local e confirma que lançará nada menos que 30 novos carros por lá até 2030. A lista inclui tanto modelos totalmente elétricos quanto veículos tradicionais movidos a gasolina.
O conceito ID.Code, do qual já falamos, faz parte da ofensiva, mas o pacote inclui diversas outras frentes. Entre as principais, destaque para a chegada da nova submarca ID.UX, que venderá exclusivamente modelos elétricos. Apostará forte em aspectos como design e tecnologia e, segundo a própria Volkswagen, terá carros com visual exterior “orientado para o estilo de vida” e com interior “centrado no condutor”.
Além disso, apresentará um “conceito operacional e de exibição totalmente novo” com foco especialmente voltado para clientes chineses jovens. Sozinha, a ID.UX lançará 5 dos 30 novos veículos prometidos. O primeiro deles será ID.Unyx, já adiantado através de teasers. Na prática, será a versão Volkswagen do cupê Cupra Tavascan, mudando apenas emblemas e detalhes na dianteira. O lançamento será em 2024, com outros modelos chegando até 2027.
A tradicional linha ID, com design mais sóbrio, também terá novidades e crescerá com a chegada de vários novos modelos. Complementarmente, veículos tradicionais também serão renovados e outros inéditos serão lançados. Além disso, os planos incluem 6 novos híbridos, incluindo modelos plug-in capazes de percorrer mais de 100 km apenas no modo elétrico.
As novidades tomarão como base as plataformas MQB e MEB, mas novas arquiteturas também estão a caminho. É o caso da inédita plataforma CEA (China Electrical Architecture) desenvolvida em parceria com a chinesa Xpeng. A base sustentará dois novos modelos dedicados à China e promete custos de produção 40% abaixo dos gastos equivalente com a plataforma MEB.
Com isso, a Volkswagen pretende ampliar os operações localizadas na própria China dentro da estratégia 'In China, For China'. A utilização de plataformas específicas será fundamental para reduzir custos e aumentar a competitividade contra marcas locais, especialmente a BYD.
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