Diretor comercial das marcas Jeep, Fiat e Ram na Argentina, Pablo García Leyenda falou recentemente sobre os planos da Stellantis para o país e, em especial, deu dicas sobre novidades pensadas para o Cronos. Produzido localmente, o sedã é líder de mercado e atualmente figura como principal produto da empresa no país. No entanto, tem sido bastante criticado pela ausência de recursos de segurança e fraco desempenho em testes de colisão.

Na recente reestilização, o Cronos perdeu a versão Precision equipada com motor 1.8 e, no embalo, deixou de oferecer opção de quatro airbags. Atualmente, todas as versões dispõem apenas das duas bolsas frontais obrigatórias - o que tem gerado cobranças por parte de muitos consumidores.

Galeria: Fiat Cronos Precision 1.3 2023

A Fiat justifica a mudança alegando que foi obrigada a tirar o Cronos 1.8 de linha por conta das regras anti-poluição do Brasil e que o objetivo da linha 2023, já reestilizada, foi expandir a oferta da versão mais procurada, equipada com motor 1.3 Firefly, além de adicionar a opção de câmbio automático. Ainda assim, a marca faz leitura crítica da situação e promete mudanças.

"O Cronos é um best-seller e isso já nos permite analisar um cenário em que podemos estender o ciclo de produção deste projeto. Nesse sentido, estamos trabalhando para oferecer mais segurança com o tempo. Hoje, nosso produto está em conformidade com todos os regulamentos de segurança atuais, mas acreditamos que é sempre possível melhorar", afirmou Leyenda.

O executivo não forneceu detalhes, mas uma possibilidade seria ofertar airbags laterais como item série ou opcional nas versões atuais. Ajudaria a melhorar a percepção de segurança do carro e sanaria parte das críticas dos consumidores.

Fiat Argo e Cronos - Teste de colisão 2021

Ainda assim, há outros aspectos que precisam de atenção. É o caso do baixo desempenho do Cronos nos recentes testes de colisão do LatinNCAP. Nas provas realizadas em 2021, o modelo obteve nota zero e recebeu pesadas críticas.

Segundo relatório do órgão, a proteção foi de apenas 24,37% para adultos (motorista e passageiro), 9,91% para crianças no banco traseiro e 36,91% para pedestres. Em relação à presença de sistemas de segurança a nota foi ainda mais baixa: 6,98%.

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