Renascida em 2013 com a missão de representar a Nissan no mercado de baixo custo em mercados emergentes, a Datsun acaba de ser oficialmente extinta. Depois de sair da Indonésia, Rússia e África do Sul, a fabricante anuncia o encerramento das atividades no último mercado onde ainda estava presente, a Índia, e definitivamente se despede do público.
Na prática, é a segunda vez que a Datsun morre como marca. A empresa foi fundada no Japão em 1933 e ganhou fama pela produção de veículos de pegada esportiva, como 280ZX Turbo e Fairlady. Acabou sendo retirada do mercado em 1983, absorvida pela própria Nissan. Após décadas esquecida, foi ressuscitada em 2013 com proposta de baixo orçamento e apelo popular, mas falhou na missão e agora sai de cena sem alcançar o sucesso esperado.
Galeria: Datsun - Família Go
Quando foi revivida, a Datsun queria ser para a Nissan o que a Dacia é para a Renault. Começou produzindo os modelos Go, Go+ e Go Cross, desenvolvidos sobre uma versão simplificada da plataforma da antiga geração do March, e chegou a lançar também rebadges feitos a partir de veículos da Lada, como o On-Do (Granta) e o Mi-Do (Kalina). Um dos últimos lançamento da marca foi o Redi-Go, baseado no Renault Kwid.
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Nenhum alcançou o sucesso comercial esperado. No último ano completo de vendas na Índia, 2021, a Datsun emplacou apenas 4.296 unidades - o que representou míseros 0,09% de participação de mercado. Sobre a extinção da marca, a Nissan garante aos clientes que serão mantidos os serviços pós-venda, disponibilidade de peças e suporte de garantia em toda rede de concessionárias.
Com a fim da Datsun, a Nissan segue na Índia sozinha comercializando os modelos Kicks e Magnite. A título de curiosidade, o Magnite foi desenvolvido originalmente para ser um modelo Dastun, mas no meio do caminho a Nissan resolveu absorver o projeto diante da situação complicada da marca. Resquícios do DNA original podem ser vistos no design, especialmente na grade frontal. O SUV, vale lembrar, é sucesso de vendas entre os indianos.