Enquanto a Jeep e Fiat tiveram um 2021 movimentado, a Renault assim como a Volkswagen atravessou este ano de forma bem sutil, com pouquíssimas novidades. A marca do losango também sofreu com falta de componentes na indústria, mas conseguiu lançar dois dos três carros esperados para este ano: Captur 1.3 turbo e o novo Zoe. Mas como ficou o novo Kwid? Esperado para 2021, o subcompacto vai atrasar um pouco, no entanto a espera deve valer a pena.
Com isso a programação de lançamentos da Renault para o próximo ano que se aproxima vai receber o novo Kwid, que ganhará um belo tapa no visual com estilo do modelo indiano, além de atualizações de motor. O que está também no calendário de lançamentos é novo Duster com motor 1.3 turbo, que certamente será uma das principais novidades da marca para 2022, assim como a nova Duster Oroch – que também receberá o propulsor mais moderno. O Kwid 100% elétrico também está confirmado e terá a missão de ser o mais barato com esse tipo de propulsão no país. Indo para os modelos comerciais, é esperada a nova van Master.
Eis aqui o lançamento mais importante da Renault para 2022: o novo Kwid! Como você já deve ter visto no Motor1.com, o subcompacto estava previsto para ser apresentado em dezembro, porém o modelo acabou atrasando um pouco e será finalmente revelado em janeiro. Seu visual não é mais segredo, pois no último flagra que publicamos por aqui era possível ver que sua carroceria terá o mesmo estilo do Kwid indiano, ou seja, com faróis divididos em duas seções, com a lente principal ficando posicionada um pouco mais abaixo na dianteira, enquanto os faróis diurnos de LED ficarão na posição tradicional.
Indo para a traseira as únicas mudanças ficarão para as lanternas, essas com o mesmo formato, mas com novo desenho interno e luzes de LED. Novos refletores nos cantos do para-choque também são esperados, enquanto que de perfil a novidade ficará mesmo para as novas calotas. Na parte interna, o subcompacto não terá mudanças drásticas: terá apenas novo volante com aro mais fino e a parte central redonda, enquanto o painel de instrumentos receberá mostradores digitais. Uma nova central multimídia com tela de 8 polegadas com sistema atualizado também vai chegar.
Além do tapa no visual externo e cabine menos espartana que o modelo atual, o Kwid subirá um pouco de patamar ao ganhar o motor 1.0 SCe do Sandero, como apurado pela revista Quatro Rodas. Neste caso, o propulsor rende 82 cv e 10,5 kgfm, um belo salto frente ao atual 1.0 de 70 cv e 9,8 kgfm, que sairá de cena para o subcompacto se adequar as novas regras do Proconve L7. Com maior potência e torque, o novo Kwid receberá ainda câmbio com relações mais longas, o que ajudará a reduzir o consumo. Controles de estabilidade e tração de série também devem pintar na área, tacada da marca para se antecipar a futuras regras de segurança no país.
Com essas novidades que estreiam no início de 2022, o Kwid terá uma importância maior para a Renault, já que o Sandero demonstra sinais de cansaço com a idade do projeto, fora que sobrevive atualmente com duas versões: S Edition e GT Line, com a versão esportiva R.S. Finale se despedindo neste mês. No acumulado de vendas até novembro, toda a gama Sandero vendeu apenas 11.666 unidades contra 46.143 unidades do Kwid, segundo a Fenabrave.
Esperado há um bom tempo para o Brasil, o Duster 1.3 turbo finalmente deve estrear em 2022. Isso porque a geração atual vendida no país desde o início de 2020 era para ter aparecido já com o propulsor turbinado, mas a marca francesa preferiu conceder essa honra ao primo Captur – que estreou o 1.3 turbo de até 170 cv e 27,5 kgfm de torque em julho deste ano. Apesar disso, o Captur parece que ainda não emplacou no mercado, tanto que suas vendas ainda ficam abaixo do Duster.
Com isso é de se imaginar, quando o Duster ganhar o novo motor 1.3 turbo de 170, suas vendas devem deslanchar ainda mais no mercado brasileiro. Atualmente, o SUV com proposta mais robusta da Renault vende praticamente o dobro do Captur, isso com seu motor 1.6 aspirado de 120 cv. Em novembro, dados da Fenabrave apontam que o Duster emplacou 1.764 unidades contra 834 do Captur.
Mas vale ficar atento para o posicionamento do Duster 1.3 turbo no Brasil, que poderá receber uma calibração “mais mansa” no motor sobrealimentado, à exemplo do Duster 1.3 turbo argentino que tem 155 cv e 25,49 kgfm de torque, ou 15 cv e 2,01 kgfm a menos que o Captur 1.3 turbo. É algo que faz até sentido para a marca francesa aplicar no mercado brasileiro para continuar justificando o posicionamento superior do Captur. Por fim, outra boa notícia é que o Duster 1.3 turbo estreando no Brasil pode significar a volta de uma versão com tração 4x4, o que é realidade no mercado argentino.
Antes dos primeiros flagras da nova Duster Oroch surgirem, a expectativa era que a picape derivada do SUV homônimo trouxesse as mesmas atualizações visuais da nova geração do Duster, lançado no país em 2020. Mas o que já sabemos é que a nova Duster Oroch ganhará uma atualização de meia-vida baseada na atualização de estilo do Duster vendido na Índia (que não mudou de geração).
Ou seja, a picape reestilizada deverá contar com uma nova grade dianteira que desce até próximo da região da placa, sendo preenchida por filetes horizontais dotados de relevos. Com o flagra do início de novembro, podemos afirmar que a atualização será bem leve, tanto que as laterais continuarão iguais, com exceção da chegada de rodas com novo desenho, enquanto a traseira deve seguir idêntica, ganhando provavelmente apenas novos grafismos (onde as camuflagens estão presentes).
Boa notícia é que o novo motor 1.3 turbo de 170 cv e 27,5 kgfm de torque que estreou no Captur 2022 deve entrar no lugar do antigo 2.0 de 148 cv, que já que o motor aspirado não se enquadra no Proconve L7. Assim, a picape deve voltar a ganhar uma transmissão automática na gama, mas agora do tipo CVT. Vale lembrar que a nova Duster Oroch é a última atualização da picape, que deve ganhar uma nova geração no final de 2024, cuja produção foi confirmada na Argentina pelo presidente da Renault do país, Pablo Sibilla.
Não só de Kwid reestilizado viverá o Brasil, pois a Renault também confirmou a versão elétrica do subcompacto para o nosso mercado no ano que vem. A montadora não revelou a data certa que o Kwid elétrico será lançado, mas confirmou que será em “meados de 2022”, prometendo ainda que o modelo será o carro elétrico mais barato à venda no país. O Kwid elétrico brasileiro seguirá a linha do Dacia Spring e Renault K-ZE, as versões destinadas para a Europa e China do subcompacto, no entanto, a Renault afirma que o modelo nacional terá visual levemente diferente das versões citadas anteriormente.
Além disso, o Renault Kwid 100% elétrico que será vendido no Brasil terá outra exclusividade: o motor. O propulsor 100% elétrico será diferente do modelo europeu e chinês, pois ambos vêm equipados com um motor elétrico de 45 cv e 12,6 kgfm de torque no eixo dianteiro, que soma uma bateria de 27,4 kWh que garante autonomia de 230 km com uma carga - a velocidade máxima é de 125 km/h. Com essas especificações, é de se imaginar que o modelo nacional terá motor mais potente e com autonomia estendida para atender as necessidade do nosso mercado.
Caso o Kwid elétrico cumprir a promessa de ser o carro elétrico mais barato no Brasil, título que hoje cabe ao JAC e-JSI que não sai por menos de R$ 164.900, o subcompacto da Renault poderá ter preço na faixa dos R$ 130.000 a R$ 140.000. E você, cogitaria comprar o novo Kwid elétrico?
Com o mesmo visual há alguns anos, o Renault Master vai ganhar uma ampla atualização em seu desenho, seguindo assim o mesmo design da versão vendida na Europa. Conforme publicado no site Autos Segredos, algumas unidades do Master com facelift já rodam no Brasil e terão mudanças concentradas na dianteira, com destaque para os novos faróis horizontais, grade dianteira ainda maior e lanternas com novo arranjo interno. A má notícia é que o interior será o mesmo do modelo antigo, ou seja, o novo Master não terá o desenho da cabine da versão europeia, com saídas de ar mais retangulares e com tela flutuante do multimídia.
Ainda segundo o site, o motor 2.3 turbodiesel seguirá o mesmo, com 130 cv a 3.500 rpm e 31,7 kgdm de torque a 1.500 rpm, conjunto que fica atrás do atual Mercedes Sprinter com motor 2.2 turbodiesel de 163 cv e 36,4 kgfm ou mesmo do Ford Transit, este equipado com propulsor 2.0 diesel de 170 cv e 41,3 kgfm. Como forma de atender as normas do Proconve L7, o Renault Master ainda vai ganhar tanque de Arla para tratamento de gases – mesmo sistema aplicado no Jeep Compass diesel.
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