Depois de encerrar a produção do Ford Fusion no México, agora é a vez da versão europeia Mondeo dar adeus ao mercado. A fabricante norte-americana confirma que este é o último mês do sedã grande (e da versão perua) na linha de montagem na Espanha. O motivo seria "a crescente mudança nas preferências dos clientes", o que sabemos bem por ver a mudança do mercado rumo aos SUVs e crossovers.

Lançado por lá em 1993, como um substituto do Sierra, o Ford Mondeo chegou a quase 5 milhões de unidades vendidas na Europa. Embora seja triste ver o fim do sedã, não é exatamente uma surpresa, pois seu fim já havia sido adiantado pelo encerramento da produção no México. Um porta-voz da Ford disse ao Automotive News Europe que "o segmento de mercado no qual o Mondeo compete vem diminuindo por anos e está 80% menor em comparação a 2020."

Galeria: Ford Mondeo reestilizado

De fato, o segmento está diminuindo tanto que o Fusion/Mondeo não será o único a desaparecer da Europa. A Volkswagen estaria pensando em encerrar a produção do Passat sem ganhar uma nova geração. Por outro lado, há quem ainda aposte na categoria, como a Skoda com o Suberb, a Peugeot com o 508 e a Opel com o novo Insignia.

O Mondeo ainda não vai dar o seu adeus definitivo pois continua a ser vendido na China, onde inclusive ganhou uma atualização, trazendo uma enorme tela de 12,8" para a multimídia. Os chineses ainda gostam muito de sedãs, mesmo que os SUVs estejam crescendo bastante em vendas por lá, então o Fusion deve seguir vivo no país por mais alguns anos.

Curiosamente, mesmo com o fim do Fusion europeu, a Ford continuará investindo em outro segmento que tem perdido espaço, o das minivans. A marca seguirá montando a Galaxy e a S-Max na Espanha. Enquanto isso, a fabricante trabalha em um substituto para o Fusion, que deve se tornar uma perua crossover, avistada diversas vezes e que deve ser revelada ainda neste ano.

Já a fábrica em Valencia (Espanha) prepara-se para iniciar a produção do motor 2.5 híbrido para o final de 2022. A Ford tem a missão de só vender carros elétricos a partir de 2030, enquanto os veículos comerciais adotarão sistemas híbridos, além de ter uma opção totalmente elétrica.

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