O carro que dirige sozinho já é realidade no Japão, ao menos em parte. Na viagem para a cobertura do Salão de Tóquio, tive a oportunidade de experimentar o sistema de condução Nissan ProPILOT 2 a bordo da nova geração do sedã Skyline, que acaba de ser lançada por lá.

Grande destaque do sistema é a funcionalidade de sua condução sem as mãos (hands-off driving). Em evolução ao sistema anterior, o ProPILOT 2 agora trabalha em conjunto com o sistema de navegação para conduzir o carro sem interferência do motorista em rodovias.

Classificado com sistema de condução autônoma de nível 2, basta configurar o destino final no sistema de navegação do carro, iniciar a condução dirigindo normalmente enquanto estiver na cidade e, ao entrar na rodovia, ativar o piloto automático para que o carro assuma o comando.

A legislação japonesa permite que o sistema só seja utilizado nas rodovias, o que explica a necessidade de entrar na estrada. Do banco do passageiro, confesso que esperava solicitações de intervenção a todo momento, mas o sistema está realmente em um nível à frente. É possível rodar quilômetros sem colocar a mão no volante. Mas isso não significa que o motorista está liberado de prestar atenção na estrada. Um sensor instalado no painel monitora o rosto do motorista, alertando-o quando estiver com o rosto virado por muito tempo, como numa conversa com o passageiro. 

O sistema ProPILOT 2 também sugere mudanças de faixa ao identificar, por meio de radares, que o trânsito à frente reduziu a velocidade ou está mais carregado. Após a indicação, o motorista pode mudar de faixa e na sequencia devolver o comando da direção para o sistema.

Toda a tecnologia é amparada por uma série de câmeras, radares, sonares, GPS e dados de mapas 3D em alta definição para fornecer informações em tempo real do que acontece em 360º da localização do carro na pista.

Em relação ao Nissan Skyline, modelo que resgata o nome histórico no Japão, infelizmente não está previsto para ser vendido no Brasil. É um modelo de porte semelhante ao do Altima, porém mais luxuoso e tecnológico. Nos Estados Unidos, será vendido sob a marca Infiniti.

Por Fábio Trindade, de Tóquio - Japão
Viagem a convite da Anfavea

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