A polícia alemã invadiu a sede da Porsche por sua ligação com o escândalo do diesel envolvendo o Grupo Volkswagen. As autoridades prenderam Jörg Kerner, chefe de desenvolvimento de motores da empresa. Os promotores acreditam que havia o risco do executivo deixar o país e realizaram uma prisão preventiva.

A promotoria também acusa Michael Steiner, chefe de pesquisa e desenvolvimento da Porsche, e um ex-funcionário cuja identidade não foi revelada, segundo o Frankfurter Allgemeine Zeitung. As três pessoas serão indiciadas por fraude e propaganda enganosa por conta dos motores diesel que escondiam as altas emissões de poluentes. Enquanto a Porsche não criou os motores, recebendo-os do Grupo Volkswagen, os acusados supostamente sabiam que eles estavam fora da lei.

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A polícia teria invadido a fabricante na quarta-feira, de acordo com o Frankfurter Allgemeine Zeitung, e as investigações na sede continuam acontecendo desde então. As autoridades levaram Kerner sob custódia na quinta-feira.

Antes de entrar para a Porsche, Kerner era um engenheiro de alto escalão na Audi e comandava o desenvolvimento da eletrônica e do software dos motores e das transmissões, segundo o Automotive News.

A Porsche vem se afastando dos motores diesel, preparando para investir nos carros elétricos com o lançamento do sedã Mission E no ano que vem. Porém, a empresa ainda vê futuro no diesel. "A Porsche não desenvolve ou produz seus próprios motores diesel e não há planos de mudar isso no futuro", disse Oliver Blume, CEO da fabricante. "Não há motivos para, repentinamente, abandonar o diesel."

O escândalo do diesel parece não acabar para o Grupo Volkswagen. Resolver os problemas do motor teria custado, até agora, US$ 30 bilhões. Além disso, as autoridades prenderam diversos funcionários pelo esquema de fraude, inclusive o ex-chefe de desenvolvimento de motores da Volkswagen, Wolfgang Hatz.

Fonte: Frankfurter Allgemeine Zeitung, Automotive News 

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