Apesar de ainda guardar para si o título de carro de passeio mais vendido da Ford nos Estados Unidos, o Fusion não está com seu futuro completamente assegurado no portfólio da marca. Conforme adianta o site The Detroit News, o novo CEO Jim Hackett ordenou recentemente o cancelamento de todo o programa de redesign do modelo para discutir mudanças e estabelecer novas estratégias de mercado. Identificado internamente pelo código CD542N, o tal programa estava previsto para estrear na linha 2020 do sedã, mas os planos agora visam repensar o papel do três-volumes no line-up e elaborar novas formas de torná-lo mais competitivo.
A publicação destaca que esse tipo de decisão não é algo incomum na indústria e que na maioria das vezes tem relação com a necessidade, por parte das marcas, de ter um produto com design e atributos mais bem colocados para atender às expectativas e demandas do mercado. Não por acaso, esse movimento acontece em meio ao declínio do segmento de sedãs nos EUA e à limitação de recursos vivenciada pela Ford. Não quer dizer, porém, que o Fusion será extinto. Significa, na verdade, que o modelo passará por uma profunda revisão de posicionamento e design.
"Talvez eles tragam um produto verdadeiramente competitivo", apostam alguns analistas. Competitividade, aliás, é algo que o chefão Hackett terá de buscar com afinco caso queira manter o Fusion vivo por mais alguns anos. Isso porque, além de não ser tão lucrativo quanto picapes ou SUVs, o segmento encontra-se em forte declínio. Só em 2016, o recuo do modelo foi de 11% e, de janeiro a novembro de 2017, a queda acumulada chega a consideráveis 22%. "Muitos veículos que não são SUVs estão sendo atraídos para essa espiral da morte. Eles estão em uma plataforma de envelhecimento e inseridos em um segmento que não está mostrando nenhum crescimento", avalia Karl Brauer.
Em meados de dezembro, a agência de notícias Reuters chegou a dizer que a Ford encerraria a produção do Fusion no México e na Espanha (onde o modelo é fabricado como Mondeo) para concentrar toda a operação na China. A marca, porém, negou todos os rumores e disse que não exportará o Fusion para a América do Norte a partir da China. Apenas o Focus de nova geração seguirá esse caminho, a partir de meados deste ano.
Fonte: The Detroit News
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