Hyundai Santa Fe percorre 6 mil km na Antártica com preparação especial

Jornada homenageou centenário da expedição Transantártica, feita pelo britânico Ernest Shackleton

Hyundai Santa Fe on Antarctic expedition Hyundai Santa Fe on Antarctic expedition

Um exemplar especialmente preparado do Hyundai Santa Fe foi responsável por percorrer quase 6 mil quilômetros em uma jornada histórica realizada durante 30 dias na Antártica. Conforme explica a fabricante, trata-se de uma expedição promovida com o intuito de homenagear os 100 anos da expedição Transantártica, realizada entre 1914 e 1916 pelo explorador polar britânico Sir Ernest Shackleton.

Leia também:

Capitaneando a empreitada estava Patrick Bergel, bisneto do desbravador e responsável por dirigir o Santa Fe pelos 5.800 km que ligam, de ida e volta, Union Camp e McMurdo. Foram 30 dias de frio intenso, cenários inóspitos e temperaturas inferiores a 28ºC negativos. Entre outras dificuldades, o SUV teve de passar por plataformas de gelo flutuante que nunca haviam sido percorridas anteriormente por veículos com rodas.

 

 

Para enfrentar a aventura o carro, naturalmente, teve de passar por modificações, mas a Hyundai destaca que muita coisa original foi mantida. Por exemplo, motor (um 2.2 turbodiesel), sistema de gerenciamento, transmissão, diferencial dianteiro e cardã eram exatamente iguais aos do modelo de fábrica.

A grande adaptação ficou por conta dos gigantescos pneus de baixa pressão, usados com o objetivo de manter o veículo em cima da neve em vez de abrir caminho por meio dela. Dessa forma, foi necessário elevar a carroceria com novos subchassis e suspensões, além de adaptar engrenagens dentro dos cubos de roda para lidar com as diferentes forças e a necessidade de girar mais lentamente para rodar à mesma velocidade.

As outras modificações foram o aumento da capacidade do tanque de combustível, a conversão do carro para rodar com combustível Jet-A1 – o único disponível no continente – e a instalação de um pré-aquecedor para o frio. 

A aventura durou ao todo 30 dias e rendeu até mesmo um curta-metragem. "Esta foi a primeira vez que uma travessia total foi tentada e concluída nos dois sentidos, ida e volta. Muita gente pelo mundo pensou que nunca conseguiríamos e quando voltamos eles não acreditavam no que realmente havíamos feito”, disse Gisli Jónsson, especialista e conhecedor da região.

Fotos: divulgação 

 
Envie seu flagra! flagra@motor1.com