O Dieselgate será um assunto que ainda dará muito o que falar para a Volkswagen. Fora os prejuízos. Nos Estados Unidos, a marca alemã terá que pagar US$ 4,3 bilhões em multas pelos crimes de conspiração, obstrução da justiça e falsas informações para a importação de automóveis para os EUA. 

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Além de todo o gasto com a recompra e reparo dos veículos envolvidos no Dieselgate, equipados com os motores 2.0 TDI, diversos orgãos de proteção aos clientes e ao ambiente multam a empresa pelos mesmos motivos. Tudo isso por um software que, ao perceber uma situação de medição de emissão, modificava a injeção do diesel para resultados "falsos", diferentes da realidade. 

A última é a multa de US$ 4,3 bilhões vinda do governo americano. US$ 2,8 bi são pela venda de 590.000 carros com o dispositivo "maldoso", e US$ 1,5 bi para a EPA (Agência de Proteção do Meio Ambiente Americana) pela importação e venda. Se a Volkswagen já estava preparada para um prejuízo de US$ 19,2 bilhões, a conta tende a ser ainda maior.

Não bastasse a nova multa, o pacote incluiu a condenação de seis executivos americanos da VW - Heinz-Jakob Neusser, Jens Hadler, Richard Dorenkamp, Bernd Gottweis, Juergen Peter e Oliver Schmidt. Este último foi preso pelo FBI no final de semana. 

No Brasil, apenas a Amarok 2.0 TDI teve algumas unidades convocadas para o recall. Esta, inclusive, foi lançada em nova geração equipada, ao menos por enquanto, com o mesmo 4-cilindros. A Volkswagen quer reverter essa crise de imagem com novos conceitos e modelos elétricos, como o apresentado no Salão de Detroit, o I.D. Buzz.

Fotos: divulgação

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