A vida de jornalista automotivo envolve uma situação bem comum em nossos círculos familiares e de amigos: consultoria para quem está querendo comprar um carro. Sempre tem alguém que vem perguntar o que achamos de um determinado modelo ou os que perguntam de forma mais genérica qual veículo indicamos para fazer a troca do usado que já tem uma idade. E, acredite, a resposta não é nada simples.

Assim, resolvemos explicar o que você deve considerar na hora de decidir comprar um carro e tudo o que você deve levar em conta para te ajudar nesta escolha. E isso envolve vários pontos, começando com o quanto de dinheiro você tem para gastar não só no ato da compra, mas também para manter o automóvel, pagando seguro e manutenção.

 

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E isto já leva para a velha briga: pago mais barato em um usado ou parto para um novo para reduzir as chances de um problema? A variação de preço entre usado e novo pode ser tão grande que é normal ver alguém considerar comprar um carro de luxo com mais de 10 anos pelo que pagaria por um modelo de entrada de uma marca generalista. O que muitos esquecem é que a manutenção é mais cara, pelo preço das peças. Sem falar que, dependendo da idade, a vida útil de alguns componentes pode estar chegando ao fim e o cliente anterior ainda não fez a troca.

Então temos que pensar para que queremos o carro? É impossível ter tudo o que queremos em um carro. Todo mundo gostaria um automóvel com preço de subcompacto, rendimento de híbrido, desempenho de esportivo e espaço de perua. Só que a realidade é outra e temos que escolher de acordo com o que realmente precisamos em um carro. Você realmente vai usar um porta-malas enorme para viajar, mesmo que você não tenha feito isso nos últimos anos? Desempenho vai realmente fazer a diferença se você está só na cidade, onde dificilmente passará de 90 km/h? Tudo vai depender da sua necessidade real.

E, o mais importante, conheça o carro pessoalmente para fazer um test-drive. Só temos certeza sobre um carro na hora que sentamos atrás do volante para dar umas voltas. Fotos enganam e, um modelo que parece espaçoso, pode não ser tanto assim quando você considera a sua altura e da sua família. O contrário também é real, um automóvel pode ser mais espaçoso do que parece por fora, usando algumas boas soluções internas.

Afinal, para os brasileiros, carro ainda é um investimento por conta do alto custo para comprar um, mesmo usado. E, juntando todos os custos do pós-venda e o risco de se arrepender por não atender as suas necessidades, escolher o carro ideal pode ser um trabalho difícil.

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