O Ford Fusion teve uma carreira de destaque em nosso mercado. Apesar da morte com vendas quase nulas (em 2020, foram emplacadas 14 unidades até abril, sendo nenhuma nos dois últimos meses), o sedã já se posicionou entre os mais vendidos, logo atrás do Honda Civic, Toyota Corolla e, na época, Chevrolet Vectra. Apesar disso, seus verdadeiros oponentes eram os Honda Accord e Toyota Camry, além do VW Passat, que sempre o viram distante em participação de mercado.
O Ford Fusion nasce em 2006 como substituto do Mondeo. Na época, ganhou destaque no Brasil por ser lançado quase ao mesmo tempo por aqui e nos Estados Unidos, com a produção no México - o que lhe deu vantagens em carga de impostos. Apesar do porte de sedã grande, como o Accord e Camry, se aproximou em valores das versões mais caras do Corolla, Civic e Vectra. Em versão única, SEL, tinha como único opcional o teto-solar elétrico e motor 2.3 de 4 cilindros com 162 cv e 20,7 kgfm ligado ao câmbio automático de 5 marchas.
Em 2009, como linha 2010, o Fusion ganha sua primeira reestilização. Apesar de manter a plataforma e diversas partes da carroceria, muda profundamente o design e interior, este com novo sistema multimídia e ar-condicionado de duas zonas e um novo painel de instrumentos com iluminação azul. O motor 2.3 é substituído pelo 2.5, com 173 cv e 22,9 kgfm de torque, além de um câmbio automático de 6 marchas. Para bater de frente com a novidade, o Hyundai Azera, ganha opção V6 3.0 com 243 cv e 30,8 kgfm de torque com tração AWD (ganhando opção apenas dianteira em 2011).
Ainda nesta geração conhecemos o Fusion Hybrid, um dos primeiros híbridos do mercado brasileiro. Em uma época onde pouco se sabia sobre esta tecnologia, ele chegou com o motor 2.5 aspirado com outro elétrico, gerando o total de 193 cv. Como o Prius, não era plugin.
A segunda geração do Fusion é um dos passos da unificação da Ford global. O design passa a ser o mesmo nas Américas e na Europa (lá chamado até hoje de Mondeo) e a nova plataforma traz um novo Fusion completamente renovado ao nosso mercado em 2012. Aposenta o V6, mas adota o 2.5 flex exclusivo para nosso mercado e o 2.0 turbo EcoBoost, com 240 cv e 38 kgfm de torque, além do Hybrid com o 2.0 aspirado e o motor elétrico gerando 190 cv. Em 2014, o 2.0 EcoBoost pode ser comprado com tração apenas dianteira ou AWD.
Em 2016, como linha 2017, uma leve reestilização traz piloto automático adaptativo e o SYNC 3 com Apple CarPlay e Android Auto ao Fusion. No Salão do Automóvel de 2018, chegou a ser mostrado o Fusion Energi, a versão Plugin do Hybrid, mas nem teve tempo de chegar ao mercado. Em 2019, sua última reestilização, basicamente visual, e suas vendas baixas pelo fim anunciado ao redor do mundo, além de manter apenas o motor 2.0 EcoBoost. No Brasil, deixa o mercado oficialmente em maio de 2020, apesar da falta de unidades nas concessionárias desde o fim de 2019.
ANO | UNIDADES EMPLACADAS (% de participação entre os sedãs pela Fenabrave) |
2006 (desde abril) | 7.040 (5,61%) |
2007 | 11.415 (6,74%) |
2008 | 9.727 (4,64%) |
2009 | 9.822 (4,85%) |
2010 | 10.918 (5,92%) |
2011 | 9.586 (4,59%) |
2012 | 5.600 (2,20%) |
2013 | 9.562 (4,15%) |
2014 | 12.299 (5,30%) |
2015 | 7.410 (3,97%) |
2016 | 3.635 (2,48%) |
2017 | 4.401 (2,86%) |
2018 | 4.497 (3,17%) |
2019 | 832 (0,63%) |
2020 (até abril) | 14 |
TOTAL | 106.758 |
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