Terminou na última sexta-feira (12) a edição 2019 do Seleção Motor1.com, nosso guia de compras publicado anualmente. Foram escolhidos 10 vencedores em categorias com preços desde "abaixo de R$ 40 mil" até "R$ 200 mil", além dos segundos e terceiros lugares e ainda uma dica em cada categoria de valor. Para quem não acompanhou as publicações das últimas duas semanas, segue agora um resumo com os campeões. E fique ligado em breve para o Seleção Premium, que vai abordar carros de luxo de até R$ 1 milhão em 7 categorias!
Revisões: R$ 1.199,70
Desvalorização: 15,3%
Seguro: R$ 1.750,00
Cesta de peças: R$ 1.989,43
Revisões: R$ 1.380,00
Desvalorização: 19,4%
Seguro: R$ 2.050,00
Cesta de peças: R$ 2.267,35
No ano passado, o Ka ficou de fora por estar próximo da reestilização, algo que aconteceu pouco tempo depois da nossa premiação. Além de ser o mais barato do trio finalista da categoria, o Ka SE é mais equipado que o Argo 1.0 e custa menos. Apesar das revisões mais caras que as do Fiat, o pacote de peças e o seguro do Ford são os mais baratos. Nossa escolhida, a versão SE já vem equipada com direção elétrica, sistema de som com Bluetooth e USB, ar-condicionado, vidros dianteiros e travas elétricas, e computador de bordo. O motor 1.0 de 3 cilindros é o mais potente da categoria (85 cv e 10,7 kgfm) e agora trabalha junto a um novo câmbio manual, com engates mais leves e precisos. Por fim, a Ford somou 820 pontos na pesquisa de pós-venda da J.D. Power, quase empatada com a Chevrolet (822) e bem à frente da Fiat (795).
Revisões: R$ 1.380,00
Desvalorização: 11,4%
Seguro: R$ 2.570,00
Cesta de peças: R$ 2.235,45
Mais importante que a leve reestilização do Ka no ano passado foi a estreia do novo motor 1.5 de 3 cilindros ligado ao câmbio automático de 6 marchas, mesmo powertrain do EcoSport. Oferecido desde a versão SE, esse conjunto fez do hatch da Ford uma das opções mais acessíveis para quem deseja abandonar o pedal de embreagem. Em relação ao Etios X, campeão do ano passado, o Ka vence principalmente pelo motor mais forte (1.5 de 136 cv e 16,1 kgfm) e pela transmissão mais moderna, com duas marchas extras (são apenas 4 no Toyota). Ele é um pouco mais caro que o Toyota, mas sua cesta de peças é a mais barata da categoria e sua desvalorização é menor que a do hatch de origem japonesa.
Revisões: R$ 1.207,60
Desvalorização: 8,5%
Seguro: R$ 3.100,00
Cesta de peças: R$ 3.158,49
O Yaris Sedan ficou no limite de preço da categoria. Custando R$ 69.990, ele é a opção de entrada do modelo três-volumes, mas já traz o motor 1.5 de 110 cv e o câmbio automático CVT (o hatch XL tem motor 1.3 e câmbio manual), além de itens como controle de estabilidade, rodas de liga e retrovisor interno fotocrômico. Pensado para ser o mini-Corolla, roda macio e tem bom espaço interno, incluindo um porta-malas de 473 litros. As revisões são mais baratas que as do Ka Sedan e a desvalorização é uma das mais baixas do mercado. Por fim, tem a seu favor a rede Toyota, líder em satisfação no pós-venda pela pesquisa da J.D. Power entre as marcas generalistas.
Revisões: R$ 1.594,85
Desvalorização: 14,7%
Seguro: R$ 3.200,00
Cesta de peças: R$ 2.921,79
Com quase dois anos de mercado, a nova geração do Polo continua se destacando em diversos aspectos. Mesmo que novos concorrentes tenham aparecido desde então (em especial o Toyota Yaris), o hatch feito em São Bernardo do Campo (SP) segue como único com motor 1.0 turbo (128 cv e 20,4 kgfm) e itens como o diferencial blocante eletrônico (XDS) e as cinco estrelas no teste de impacto do Latin NCAP. Cobra mais nas revisões e tem maior desvalorização que o Yaris, mas é mais barato na compra, no seguro e no pacote de peças. De série, a versão Comfortline já vem com 4 airbags, controle de estabilidade, multimídia com tela de 6,5", freios a disco nas quatro rodas e rodas de liga aro 15".
Revisões: Inclusas no preço do carro
Desvalorização: 12,3%
Seguro: R$ 3.800,00
Cesta de peças:R$ 2.926,49
Sem ganhar novos rivais neste ano, o Virtus Highline repete até com certa folga a vitória do ano passado. Ele custa um pouco menos que o Yaris Sedan XLS e ainda tem as três primeiras revisões embutidas no preço do carro, além do pacote de peças um pouco mais em conta. Como produto em si, o sedã do Polo agrada pelo motor 1.0 TSI (128 cv e 20,4 kgfm), que concilia bom desempenho com economia, e pelo amplo porta-malas de 521 litros. Supera o Toyota também no espaço interno e nos itens de tecnologia, oferecendo (como opcional) o cluster digital em conjunto com a ótima multimídia de 8" da VW. Precisa melhorar no pós-venda, que teve nota 810 pela J.D. Power, contra 845 da Toyota.
Revisões: R$ 1.872,00
Desvalorização: 12,7%
Seguro: R$ 4.300,00
Cesta de peças: R$ 3.837,96
Vendido na Europa como hatch aventureiro, no Brasil o C4 Cactus reforçou o lado crossover com suspensão elevada e um rodar muito confortável em nosso piso esburacado. Esta versão Shine também se destaca pelo motor 1.6 THP (173 cv e 24,5 kgfm) ligado ao câmbio automático de 6 marchas, conjunto que faz dele o modelo mais rápido da categoria. Também possui bom nível de acabamento e traz um amplo pacote de equipamentos, incluindo painel digital, rodas de liga aro 17", multimídia de 7", alerta de saída de faixa e sistema de frenagem automática de emergência com alerta de colisão, além dos 6 airbags. Seus custos regulam com os do T-Cross Comfortline (bem mais baixos que os do Jetta 250 TSI) e o pós-venda da Citroën foi um dos que mais evoluiu nos últimos tempos, só perdendo para Toyota, Honda e Hyundai na pesquisa da J.D. Power.
Revisões: R$ 1.309,94
Desvalorização: 12,9%
Seguro: R$ 4.800,00
Cesta de peças: R$ 5.543,44
Se ano passado o duelo foi contra o Corolla XEi, desta vez o Civic teve de encarar o Jetta Comfortline. E o primeiro embate foi em nosso comparativo, no qual o Honda se saiu vitorioso, principalmente por sua dinâmica, conforto e acabamento. O Civic tem praticamente o mesmo preço de tabela do VW, mas possui menor desvalorização, seguro mais barato e uma cesta de peças bem mais acessível. Os principais equipamentos desta versão EXL são o painel com tela TFT de 7", o ar digital de duas zonas e os sensores de estacionamento na dianteira e traseira. Merecia o motor 1.5 turbo da versão Touring, mas seu 2.0 aspirado (155 cv e 19,5 kgfm) não deixa a desejar e o câmbio CVT oferece uma condução suave, permitindo variar entre 7 marchas no modo manual, pelas borboletas no volante. Para completar, a Honda teve a segunda melhor nota de pós-venda pela J.D. Power, ficando atrás somente da Toyota.
Revisões: Inclusas na compra do carro
Desvalorização: N.A.
Seguro: R$ 6.700,00
Cesta de peças: R$ 9.984,46
Se as versões convencionais do Jetta perderam o apelo esportivo que seu público apreciava, a versão GLI chegou para não deixar ninguém com saudade. Ela traz o mesmo motor 2.0 TSI (230 cv e 35,7 kgfm) e câmbio (DSG de 6 marchas), do Golf GTI, com a vantagem do porta-malas de 510 litros e de uma lista de equipamentos mais completa - por um preço menor. O Jetta esportivo acelerou de 0 a 100 km/h em 6,4 segundos em nosso teste e ainda trouxe diferenciais como a suspensão enrijecida (traseira multilink) e o painel digital configurável, além das rodas aro 18". O pacote de itens de série é bem completo e já inclui piloto automático adaptativo, multimídia de 8", sistema de som Beats e frenagem automática de emergência. O único opcional é o teto-solar, por R$ 4.990. O seguro é salgado, mas as três primeiras revisões são gratuitas.
Revisões: R$ 1.989,10
Desvalorização: N.A.
Seguro: R$ 8.300,00
Cesta de peças: R$ 16.540
A nova geração do RAV4 chega com uma proposta diferente, agora sempre com propulsão híbrida. Ao somar um motor 2.5 a gasolina com três elétricos, o SUV dispõe de 222 cv, tração 4x4 elétrica e ainda conseguiu consumo acima de 17 km/litro em nossos testes. Com rodar macio e cabine espaçosa, o modelo ainda vem bastante equipado nesta versão de topo SX, incluindo alerta de saída de faixa, piloto automático adaptativo, teto-solar, carregador de celular sem fio e tampa traseira elétrica, além do painel com tela TFT de 7". Foi lançado a competitivos R$ 179.990, mas acabou tendo um aumento de R$ 6 mil devido ao sucesso inicial - na capital paulista há filas de espera de três meses por ele. Ainda assim, é um conjunto atraente pelo preço, justificando o primeiro lugar nesta categoria.
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