Na Europa, o Renault Captur é diferente do vendido no Brasil. A começar pela sua base, a mesma do Clio, e chegando ao motor 1.3 TCe, turbo com injeção direta que chegará ao Brasil nos próximos anos. É um moderno 4 cilindros com filtro de partículas e desenvolvido em parceria entre aaliança Renault-Nissan-Mitsubishi e a Daimler.
Ele está disponível em duas opções de potência, 130 e 150 cv, com a segunda podendo receber, no lugar do câmbio manual, uma caixa automatizada de dupla embreagem com 6 marchas. Junto, a gama do Renault Captur também foi atualizada, com as versões Sport Edition 2019 e a Sport Edition2, apresentada em maio do ano passado por lá.
Falando em equipamentos, as duas Sport Edition são caracterizadas por uma aparência diferenciada: faróis full-LED, vidros traseiros escurecidos e rodas com desenho exclusivo de 16" na Sport Edition e 17" na Sport Edition2, que também oferece a carroceria em duas cores com o teto contrastante.
Na cabine, há bancos em couro com revestimento em tecido exclusivo preto e sistema multimídia Smart Nav Evolution com câmera de ré - a mesma que conhecemos dos Renault brasileiros, inclusive o Captur.
A Sport Edition2 adiciona os bancos em tecido e couro, ar-condicionado automático, sensor de estacionamento traseiro, chave presencial para partida e abertura de portas e o R-Link System II com navegador GPS e compatibilidade com Apple CarPlay e Android Auto.
Primeiro, uma visão geral sobre as novidades técnicas. A inovação mais importante é o motor 1.3 TCe, com revestimento de plasma nos cilindros (tecnologia derivada do 3.8 biturbo do Nissan GT-R) para reduzir atrito, injeção direta de gasolina de alta pressão (250 bar), comandos de válvulas variáveis na admissão e escape, novos tuchos e coletor de escape integrado ao cabeçote.
O 1.3 TCe, que foi lançado no fim de 2018 nos Renault Scenic e Grand Scenic (em versões de 140 e 160 cv), no Captur promete consumo misto de 16,9 a 17,9 km/l na versão de 130 cv e 16,6 a 18,1 km/l na de 150 cv.
Ao volante da versão de 150 cv com câmbio automatizado, os 25,5 kgfm de torque disponíveis a 2.250 rpm tornam o carro muito responsivo e, mesmo quando estiver em uma subida ou em arrancadas, basta apertar o acelerador para recuperar a velocidade sem qualquer vacilo. O mesmo vale para a versão de 130 cv, que pode ter apenas o câmbio manual e tem um pouco menos de torque (22,4 kgfm) a 2.250 rpm.
O Captur é divertido até certo ponto, já que ao enfrentar curvas mais fechadas ou mudanças repentinas de direção, a carroceria dobra bastante, resultado de um acerto de suspensão que foca no conforto.
Como de tradição, o grande automóvel garante uma boa dose de conforto. Quando na estrada, ele mostra uma boa qualidade no isolamento acústico (ajudado pelo suave funcionamento do 1.3 TCe). Na cidade, ele fica sempre a vontade.
A estreita estrada no centro da Catania é um excelente ponto de teste, onde foi possível apreciar o tamanho compacto do francês, com 4,12 m de comprimento, e a boa visibilidade ajudada pela presença dos sensores de estacionamento traseiro e câmera de ré. O trânsito urbano e os espaços apertados para estacionar não foram um problema.
O novo 1.3 TCe está disponível em toda a gama do Captur, que além dos Sport Edition MY19 e Sport Edition2, tem as versões Life (de entrada), Business (para frotas) e a Initiale Paris, que fica na parte de cima em equipamentos.
As versões testadas vão de 21.300 euros (Sport Edition MY19 de 130 cv) a 24.800 euros na Sport Edition2 de 150 cv com câmbio de dupla embreagem.
Renault Captur
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