Lançada em março, a Fiat Titano tem mostrado um resultado muito fraco nos emplacamentos, com apenas 43 unidades registradas em abril. É uma quantidade tão baixa que não dá para dizer que ela fracassou nas lojas, e sim de que tem algo de errado. De fato, a caminhonete simplesmente não está chegando às concessionárias para ser entregue aos clientes, e a culpa é a greve do Ibama, que emite o certificado ambiental para os veículos importados.
A greve vem acontecendo desde o começo do ano e tem afetado diversas fabricantes, enquanto o Ibama trabalha em um ritmo lento (conhecido como “operação tartaruga”) enquanto negocia por melhores salários e condições de trabalho. Quase 50 mil veículos estariam travados nos portos brasileiros, aguardando pelo certificado ambiental para permitir que entrem no país.
Informações obtidas pelo site AutoIndústria revelam que a Fiat já tem 1.600 pedidos feitos pelas concessionárias. Se todas tivessem sido emplacadas em abril, teria feito com que a Titano ocupasse a 4ª posição, superando modelos como Mitsubishi L200 Triton, Nissan Frontier e Volkswagen Amarok. Ainda teria ficado bem abaixo da Ford Ranger, a 3ª mais vendida, que emplacou 2.382 unidades. Mesmo assim, seria um resultado interessante por vender mais do que algumas caminhonetes já tradicionais no país.
De acordo com o site, a Stellantis não dá uma previsão de entrega por conta da situação e, por isso, corre o risco de perder os pedidos da picape montada no Uruguai. A fabricante informa que está acompanhando a situação para minimizar o impacto causados aos concessionários e consumidores.
O problema para a fabricante vai além da Titano. A empresa tem mais lançamentos importados no horizonte, com a segunda geração do Peugeot 2008, que está perto de ser apresentada e que estava prevista para o 1º semestre deste ano. Com a greve do Ibama, o lançamento corre risco de ser adiado por não ter como entregar as unidades caso inicie as vendas agora.
O Ibama afirma que está cumprindo o prazo legal de até 60 dias para liberação dos veículos e que está realizando emitindo os certificados em torno de 20 dias, o que ainda seria mais rápido do que o limite. No entanto, antes da greve, o tempo de liberação era de, em média, 8 dias. Os únicos carros que estão sendo liberados são os 100% elétricos, que dispensam o certificado.
A Stellantis não será a única fabricante a ter problemas com os próximos lançamentos importados. A Nissan está para apresentar a linha 2025 do Versa, com uma versão SR com visual esportivo, e o sedã vem do México. A Renault já confirmou o lançamento do Kangoo feito na Argentina. A BYD tem três híbridos com passaporte carimbado para o Brasil: o sedã King, o SUV Song Pro e a picape Shark. No caso da GWM, a empresa irá lançar a submarca Tank com o enorme Tank 400. E ainda tem o caso da Omoda&Jaecoo, que irá começar a vender carros no início do 2º semestre com o Omoda 5.
Fonte: AutoIndústria
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