Fiat Titano 2024: como a picape se compara com as rivais?

A Fiat finalmente começou a vender uma picape média no Brasil com a chegada da Titano. Será uma batalha difícil para a marca italiana, pois é um segmento bem tradicional e competitivo, com seis concorrentes bem conhecidos para superar. A caminhonete começa a ser vendida no final do mês, então resolvemos ver como ela se compara com as rivais.

Apesar de ser baseada na Peugeot Landtrek (que deveria ter sido vendida aqui, mas os planos mudaram após a fusão da Fiat-Chrysler com a PSA), a Fiat fez algumas alterações específicas para a Titano. Começando com a mudança do motor, deixando de lado o 1.9 turbodiesel de 170 cv da picape da Peugeot para adotar o 2.2 tubodiesel de 180 cv, o mesmo da Ducato, porém com uma potência levemente menor. Isto levou a mudanças mais específicas para o ajuste da suspensão.

Ter somente 180 cv pode parecer pouco, mas não é a mais fraca da categoria, que é a Nissan Frontier na versão de entrada S com câmbio manual, com o 2.3 turbodiesel em uma calibração que gera 163 cv. A Ford Ranger também é mais fraca, com um 2.0 turbodiesel de 170 cv. A Mitsubishi L200 Triton já supera a Titano, com um 2.4 turbodiesel de 190 cv.

O problema não é a potência, e sim o torque. Com 40,8 kgfm nas versões com câmbio automático, a picape da Fiat é a última colocada no quesito. Mesmo a Frontier S perdendo em cavalos-vapor, entrega mais torque, com 43,3 kgfm. A mais próxima da Titano é a Ranger 2.0 e seus 41,3 kgfm.

Tamanho e capacidade de carga

Em tamanho e capacidade de carga, a Fiat Titano não decepciona, mas também não surpreende. Seus 5.330 mm de comprimento a colocam na média. É maior do que Nissan Frontier (5.262 mm), Volkswagen Amarok (5.254 mm) e Mitsubishi L200 Triton (5.300 m), mas é menor do que a Chevrolet S10 (5.361 mm) e Ford Ranger (5.370 mm).

Preços

O destaque está no preço. A Fiat sabe que precisa ganhar mercado rápido e o melhor jeito de fazer isso é oferecendo a Titano por menos do que as rivais. O valor inicial de R$ 219.990 pela versão Endurance faz com que seja a segunda picape média mais barata do Brasil, só perde para a Mitsubishi L200 Triton GLS da geração antiga, ainda produzida em Catalão (GO) e que custa R$ 219.900, uma diferença de somente R$ 90. Ainda assim, está bem abaixo de todas as outras picapes.

A versão Volcano sobe para R$ 239.990 e está mais perto das opções de entrada das rivais. Por exemplo, a Ford Ranger XLS 2.0 4x2 custa R$ 234.990 e é a única mais barata. Uma Chevrolet S10 LS sai por R$ 247.860, enquanto a Toyota Hilux STD Power Pack é vendida por R$ 242.590. Listamos só para constar, mas a Amarok parte de pesados R$ 298.430.

Quando olhamos para a Titano Ranch, a opção topo de linha, a diferença é ainda maior, pois a maioria do segmento passa dos R$ 300 mil nas configurações mais caras. A que está mais próxima é a Mitsubishi L200 Triton HPE-S por R$ 289.990 - não consideramos as versões especiais Sertões ou Savana, de oferta mais limitada. Aí já pulamos para a S10 High Country por R$ 302.900 e os valores vão subindo até os R$ 337.280 da Volkswagen Amarok Extreme.

Consumo

O rendimento não é dos melhores. Comparando o consumo com todas as rivais, a Titano é a menos eficiente entre todas as picapes médias, fazendo só 8,5 km/litro na cidade e 9,2 km/litro na estrada. O resultado no ciclo urbano não chega a ser tão gritante pois a S10 faz 8,6 km/litro e a Ranger registra 8,9 km/litro na versão 3.0 V6. Poucas chegam nos 10 km/litro, que é o caso só da Ranger 2.0 e da Toyota Hilux.

Só que o consumo na estrada é consideravelmente pior e por uma diferença bem grande em quase todos os carros. Só a Amarok está próxima e, ainda assim, faz 9,7 km/litro. Daí já pulamos para os 10,2 km/litro da Ranger V6, alcançando 1 km/litro de diferença e só sobe nos modelos seguintes, chegando a 11,5 km/litro na Ranger 2.0.

A comparação foi feita com todas as versões automáticas e com tração 4x4 das picapes, para ter uma igualdade, sem considerar os modelos manuais.

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