Depois de acumular forte crescimento ao longo do ano, a China deve desbancar nomes tradicionais e fechar 2023 como maior exportador de carros do mundo. De acordo com números divulgados pela Associação Chinesa de Fabricantes de Automóveis (CAAM), o país exportou entre janeiro e novembro do ano passado 4,41 milhões de veículos, o que representou aumento de 58% em reação ao ano anterior.

O Japão, que por décadas dominou o setor, ficou em segundo lugar com 3,99 milhões de unidades exportadas nos primeiros onze meses de 2023 (aumento de 15%). Na sequência, aparecem outros players de peso como Alemanha e Coreia do Sul. Os números fechados, incluindo o mês de dezembro, ainda não foram divulgados, mas consultorias são unânimes em antecipar desde já a liderança da China no ano.

GWM Haval H6 PHEV vs. BYD Song Plus PHEV

O aumento das exportações chinesas foi impulsionado principalmente pela demanda externa por veículos eletrificados. Os principais destinos de exportação, levando em conta os modelos EVs, foram Bélgica, Austrália e Tailândia. Já no mercado como um todo, incluindo veículos tradicionais a gasolina, os maiores importadores foram Rússia e México. De janeiro a outubro, a China enviou para estes dois últimos mercados 730.000 e 330 mil unidades, respectivamente.

Entre as montadoras, o destaque local ficou por conta da BYD graças aos resultados colhidos com a expansão internacional intensificada no último ano. Ainda assim, marcas estrangeiras instaladas na China continuam dominando o setor de exportações. É o caso de Tesla, Volvo, BMW e Buick, que produzem em solo chinês e enviam veículos para diversos mercados internacionais.

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BYD Han na linha de montagem

No Brasil, a chegada de veículos chineses acontece principalmente através de fabricantes como BYD, GWM, JAC e Chery. Modelos como Haval H6, Dolphin, Song Plus, Tan e iCar são todos 'made in China'. Além disso, fabricantes ocidentais também vendem por aqui modelos fabricados no país asiático, como o Ford Territory e o Renault Kwid E-Tech. Em 2022, vale lembrar, a China já havia ascendido à segunda posição no setor ao superar a Alemanha (hoje na terceira colocação).

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