Um dos próximos lançamentos da GWM será uma picape média da submarca Poer, produzida em Iracemápolis (SP) em 2024. Como a fabricante aponta que é um modelo inédito, ainda não mostrado nem na China, ainda há muitos detalhes que ainda não sabemos. Aos poucos, a empresa vai revelando informações e uma delas é uma promessa de que a caminhonete trará “um sistema híbrido inovador no segmento de picapes”.

É o que disse Oswaldo Ramos, COO da GWM no Brasil, na última apresentação feita pela fabricante chinesa. Durante o momento de perguntas e respostas, surgiu um questionamento se a picape Poer será híbrida normal ou plug-in. Ramos brincou dizendo que sim, será flex e híbrida. “Esse é o nosso segredo. Estamos desenvolvendo uma tecnologia nova, que tá sendo lançada agora na matriz, em outros veículos e não na picape, mas ela está muito evoluída já. E essa tecnologia está em testes, vindo pro Brasil também e vai realmente inovar”, explica o chefe da marca no país.

Ramos continua, afirmando que essa tecnologia “vai realmente inovar” e que não é nada parecido com os híbridos que existem em picapes no mundo inteiro. “Vai realmente ser um ponto de disrupção no mercado brasileiro”, complementa o executivo. Para não revelar tudo, ele parou por aí e não disse mais nenhum detalhe. Motor1.com apurou que a GWM ainda discute sobre qual a composição da linha da picape e também do futuro SUV Tank, para definir qual contará com um sistema híbrido normal, PHEV, ou ambos.

Uma possibilidade é que seja a tecnologia chamada Hi4, apresentada em maio na China como uma evolução do sistema DHT usado atualmente. O nome vem de Hybrid Intelligent 4WD, utilizando três motores conectados, com um elétrico em cada eixo e uma unidade a combustão no dianteiro. Um sistema de gerenciamento busca qual é o motor ideal para o momento, escolhendo o que vai entregar o melhor desempenho gastando o mínimo de combustível ou energia. E, caso esteja usando o motor elétrico, a unidade a gasolina pode funcionar como um gerador para abastecer as baterias.

O conjunto funciona com baterias de 19,4 kWh ou 27,5 kWh, dependendo do carro escolhido, sempre entregando uma autonomia elétrica de 100 km. No material divulgado anteriormente, a GWM diz que o motor elétrico dianteiro é de 95 cv (70 kW), enquanto o traseiro entrega 204 cv (150 kW). Isso sem contar a potência do motor a combustão, que pode ser um 1.5 de ciclo Atkinson, 1.5 turbo de ciclo Miller ou um 2.0 turbo de ciclo Miller. Na época, fabricando dizia que a potência combinada poderia chegar a 462 cv.

É uma tecnologia tão nova que está começando a chegar aos carros da GWM somente agora, exatamente como o Ramos falou. Fez a estreia em um SUV chamado Xiaolong MAX, que promete fazer 56,1 km/litro, seguindo o ciclo de testes WLTP usado na Europa. Já começou a equipar mais veículos da empresa, como os SUVs Tank 500 e 400, usanndo o motor 2.0 turbo - que, anteriormente, o COO da GWM Brasil disse que iria equipar a picape Poer e o SUV Tank feitos aqui.

Como a matriz da GWM disse que todos os seus carros receberam este sistema a partir de 2024, está claro que esta nova tecnologia chegará ao país em algum momento. Ramos ainda disse que "prefiro lançar a última tecnologia e a melhor de todas, do que correr para ser o primeiro e lançar qualquer tecnologia. Mudar três meses, seis meses da data de lançamento para lançar o próximo veículo que está sendo desenvolvido."


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