A GWM nunca escondeu o interesse de nacionalizar o Haval H6, o carro que iniciou a operação da marca no Brasil. Porém, a empresa sempre apontou que o SUV médio teria que ter um volume de vendas significativo para justificar uma possível produção em Iracemápolis (SP). Durante a apresentação feita ontem (5), a fabricante confirmou que começou a falar com fornecedores nacionais para cotar peças e tomar a decisão final.
De acordo com Oswaldo Ramos, COO da GWM no Brasil, as vendas do Haval H6 estão acima das expectativas e a matriz vê o país como prioridade, atendendo todos os pedidos de forma imediata. De acordo com os números oficiais da Fenabrave, o SUV chegou a emplacar 1.452 unidades em agosto, acumulando 4.567 unidades desde o início das vendas. É o suficiente para superar o Caoa Chery Tiggo 7 (3.926) e começar a se aproximar do Tiggo 8 (5.905).
“Um dos estudos que estamos fazendo. A partir da hora que um carro já projeta vender 15 mil unidades por ano, começa a fazer sentido logístico, custo, escala, fornecedores. Então, o que podemos dizer, é que não dá para antecipar, a fábrica tem o seu tempo. Mas mais carros estão sendo estudados a serem produzidos aqui no Brasil, inclusive o Haval H6. A maioria das marcas que tem um SUV de 4,60 metros importa esse carro e a gente aqui, com 6 meses de vida, já estamos fazendo conta para nacionalização deste produto”, disse Ramos.
O executivo já deixou claro que, se o Haval H6 ser nacionalizado, isso acontecerá após o lançamento dos outros dois produtos já confirmados: uma picape da linha Poer e um SUV derivado da marca Tank. O cronograma original é que um dos dois começará a ser feito maio, com o segundo modelo iniciando a produção em agosto – a fabricante dizia que ainda estava decidindo qual será a ordem. Assim, é possível que o Haval H6 brasileiro só comece a ser feito no final de 2024, caso o processo seja acelerado.
A produção brasileira teria mais um efeito positivo para o Haval H6. Ramos diz que cada modelo que é nacionalizado já passa pelo estudo para a calibração para que o motor passe a aceitar também etanol. Ou seja, caso o SUV comece a ser feito em Iracemápolis, ainda receberá um motor 1.5 turbo flex. Porém, o executivo deixa claro que a adoção do sistema flex está atrelada à produção nacional. Se a conta não fechar e o Haval H6 continuar a ser somente importado, não deve aceitar etanol não cedo.
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