Depois de muitas negociações, o governo federal divulgou como pretende tornar a compra de um carro 0km mais acessível novamente, retomando o conceito do carro popular. De forma resumida, o governo reduzirá as alíquotas de IPI, PIS e Cofins para alguns modelos. As regras são simples: os descontos viram apenas para carros de até R$ 120 mil e, quanto maior o conteúdo nacional, menor o preço e as emissões, mais descontos um veículo terá direito.
O governo estima que as reduções para os carros que se enquadram na faixa de preço fiquem entre 1,5% e quase 11%. A Anfavea, associação das fabricantes, já fala que os carros de entrada voltarão a custar menos de R$ 60 mil. Agora, o Motor1.com Brasil vai mostrar o quanto poderão custar os 10 carros mais baratos do Brasil, considerando um desconto hipotético de 10% no total. Vale lembrar que os números oficiais não foram divulgados e que carros importados como Peugeot 208 e Fiat Cronos terão descontos menores.
O Renault Kwid ainda é o carro mais barato do Brasil, apesar de estar empatado com o Fiat Mobi. A versão Zen é a definição de configuração de entrada, trazendo poucos equipamentos. Conta com controles de estabilidade e tração, assistente de partida em rampas, direção elétrica, quatro airbags, rádio com USB e Bluetooth, sistema start-stop e iluminação diurna em LED, entre outros. Sob o capô está o motor 1.0 que entrega até 71 cv e 10 kgfm, combinado a um câmbio manual de 5 marchas. Após os descontos de impostos, deve custar cerca de R$ 62 mil.
Durante boa parte de 2022, O Fiat mobilidade Like foi o carro mais barato do Brasil, ainda que por uma diferença bem pequena em relação ao Renault Kwid. É bem mais espartano que o rival, com direção hidráulica, ar-condicionado, rodas de aço com calotas, pré-disposição para rádio e vidros elétricos dianteiros. O motor é o velho conhecido 1.0 Fire 8V (o único carro da marca no país a ainda usar este propulsor), de 74 cv e 9,7 kgfm, sempre com um câmbio manual de 5 marchas. Após os descontos, também deve ficar com o preço em torno de R$ 62 mil.
A Citroën está em um processo de renovação. O primeiro carro da nova linha da marca é o C3, que chegou para ser um dos carros mais baratos do mercado. Busca os clientes que até cogitam Kwid ou Mobi, mas oferece mais espaço. A versão Live vem com ar-condicionado, direção elétrica, controles de estabilidade e tração, assistente de partida em rampas, travas e vidros dianteiros elétricos e rodas de aço de 15” com calotas. Sua motorização é formada pelo 1.0 Firefly de 75 cv e 10,7 kgfm da Fiat e a única opção de transmissão é a manual de 5 marchas. Com 10% de desconto, seu preço seria de R$ 65,7 mil.
A Fiat aparece de novo na lista, desta vez com o Argo. É maior e um pouco mais equipado que o Mobi, mas não muito, já que não recebe rádio ou vidros traseiros elétricos. Por outro lado, conta com ar-condicionado, direção elétirca, computador de bordo com display TFT de 3,5” e travas elétricas. Ao menos troca o 1.0 Fire pelo 1.0 Firefly de três cilindros, gerando 75 cv e 10,7 kgfm, mas sempre com a transmissão manual de 5 marchas. A versão que nem nome tem custaria R$ 71,8 mil após os descontos.
Com o fim do Sandero, a Renault optou por criar uma nova versão do Stepway chamada Zen para ocupar o espaço do hatchback. Virou uma opção interessante por ser o primeiro da lista a ter uma central multimídia com Android Auto e Apple CarPlay ao invés de um rádio. Traz também ar-condicionado, direção eletro-hidráulica, vidros elétricos dianteiros e quatro airbags. Também ajuda ter um motor 1.0 mais potente do que o Kwid, com 82 cv e 10,5 kgfm, combinado a um câmbio manual de 5 marchas. Após os descontos, poderia custar R$ 71,9 mil.
O Peugeot 208 Like 1.0 se beneficia da Stellantis com o motor 1.0 Firefly de 75 cv e 10,7 kgfm compartilhado com Argo e Cronos. Isto ajudou a posicionar o hatch na lista dos 10 carros mais baratos do Brasil e aumentar as vendas do veículo. É o último modelo a ficar abaixo dos R$ 80 mil, mas em compensação vem com uma boa lista de equipamentos, contando com quatro airbags, controles de estabilidade e tração, travas e vidros elétricos. Após os descontos, sairia por cerca de R$ 71,9 mil, como o Renault Stepway. Mas fique atento: como é feito na Argentina, não terá os mesmos descontos dos carros nacionais.
O substituto do Gol é o Volkswagen Polo Track, feito para ser o primeiro carro de uma nova linha de entrada da marca. Para cumprir este papel, vem bem espartano, com quatro airbags, controle de estabilidade, assistente de partida em rampas, bloqueio eletrônico de diferencial, vidros dianteiros elétricos, direção elétrica, travas elétricas e ar-condicionado. Nada de rádio, que é um item opcional. Seu motor é o mesmo 1.0 de três cilindros que aparecia no Gol e que está no Polo MPI, o mais barato com visual renovado. Após os descontos, o modelo poderia custar cerca de R$ 73,2 mil.
O automóvel mais vendido de 2022 foi o Hyundai HB20, aproveitando a reestilização lançada no ano passado. Já foi mais barato, porém o preço subiu o suficiente para empurrado para o final da lista. A versão Sense vem com 6 airbags, ar-condicionado, direção elétrica, controles de estabilidade e tração, assistente de partida em rampas, vidros elétricos dianteiros, travas elétricas, computador de bordo com tela TFT de 3,5”, rádio com USB e Bluetooth, iluminação diurna em LED e mais. Segue equipado com o 1.0 Kappa 12V de três cilindros, que entrega 80 cv e 10,2 kgfm. É o primeiro da lista com câmbio manual de 6 marchas. Após os 10% de desconto, custaria cerca de R$ 74 mil.
O Chevrolet Onix já foi o automóvel mais vendido no Brasil e agora está brigando com o HB20 para recuperar a posição. A lista de equipamentos da versão de entrada conta com 6 airbags, ar-condicionado, assistente de partida em rampas, controles de estabilidade e tração, direção elétrica, rádio com USB e Bluetooth, rodas de aço de 14” com calotas, travas e vidros elétricos e computador de bordo. É uma das poucas versões do hatch com o 1.0 aspirado de três cilindros, com 82 cv e 10,6 kgfm, combinado ao câmbio manual de 6 marchas. Mesmo após os 10% de desconto, seu preço ainda ficaria próximo de R$ 76 mil.
O único carro da lista que não é um hatchback, o Fiat Cronos ganhou uma versão 1.0 para ocupar o espaço que foi do Grand Siena. É o sedã mais barato do Brasil, então não vem tão equipado quanto poderia. Tem ar-condicionado, direção elétrica, banco do motorista com ajuste de altura, preparação para rádio, alarme, rodas de aço de 14” com calotas, travas elétricas e vidros dianteiros elétricos. Como diz o nome da versão, o motor é o 1.0 Firefly de 75 cv e 10,7 kgfm que também está em Argo, C3 e 208. Após 10% de desconto, custaria cerca de 76,3 mil. Mas fica o mesmo aviso do Peugeot 208: é fabricado na Argentina e terá descontos menores.
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