Anunciado desde o final de 2019, o novo protocolo do Latin NCAP para avaliação da segurança veicular na América Latina começa a entrar efetivamente em vigor. Segundo a entidade, as regras atualizadas estão mais rígidas e devem exigir bem mais dos veículos para obtenção da nota máxima. Em especial, haverá desconto na pontuação dos modelos que não alcançarem desempenho satisfatório no temido Teste do Alce.

Também chamado de Moose Test, o ensaio faz parte dos protocolos do Latin NCAP desde dezembro de 2019, mas os resultados vinham sendo usados apenas com base informativa. A partir das provas realizadas neste ano, o desempenho alcançado incidirá na pontuação final e influenciará diretamente na classificação do veículo.

Criado na Suécia, onde há grande presença de alces e outros animais em estradas, o teste avalia o comportamento do veículo em manobras evasivas e tem como objetivo verificar a capacidade de evitar com segurança obstáculos repentinos. O ensaio ficou mundialmente famoso pela avaliação de veículos como Mercedes-Benz Classe A e Toyota Hilux. Ambos apresentaram sério risco de capotamento e tiveram de passar por modificações de fábrica.

As provas são realizadas com desvios bruscos de rota em velocidades graduais, de modo a levar a suspensão ao limite com a transferência de peso de um lado para o outro. O funcionamento do ESP (controle de estabilidade) é inteiramente colocado à prova.

Nesta primeira etapa, explica o Latin NCAP, os testes serão realizados a três velocidades diferentes: 60, 65 e 70 km/h. O veículo que falhar na primeira velocidade perderá 5 pontos dos 15 correspondentes ao ESP e assim sequencialmente. O carro que realizar a prova a 70 km/h sem falhas manterá a pontuação intacta.

Toyota Hilux - Teste do Alce

Serão adotados os mesmos padrões utilizados na Suécia e pela Automobile Club of Germany (ADAC). Dessa forma, serão avaliados aspectos como rolagem da carroceria, capotamento, perda de controle, contato do pneu com a pista ou choque contra cones.

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