Depois do Brasil, Kia Rio deverá sair de linha em outros mercados

Hatchback amarga vendas em queda na Europa e deverá se despedir de vários países da região

Dyogo Fagundes

Por: Dyogo Fagundes

09 Fevereiro 2023 em 15:00

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Ausente do portfólio de veículos da Kia no Brasil desde o final de 2021, o compacto Rio não deve demorar para ser descontinuado também em outros grandes mercados internacionais. De acordo com reportagem recente da revista britânica Autocar, o modelo têm sofrido com o declínio comercial vivido pelo segmento na Europa e deverá sair de linha na região até o final do ano.

A publicação relata que o Rio será retirado do catálogo da Kia em diversos mercados europeus (incluindo o Reino Unido) nos próximos meses e não terá substituto direto. Na prática, será indiretamente sucedido pelo Stonic, que tem apelo comercial mais atrativo e proposta aventureira que tanta agrada o consumidor nos dias de hoje. Tecnicamente ambos são praticamente idênticos, já que dividem plataforma e motores.

Durante todo o ano passado, a Kia entregou na Europa apenas 32.506 unidades do Rio, o que representou queda de 9% na comparação com o ano anterior. O recuo, vale lembrar, não é isolado e afeta praticamente todo o segmento. A Ford, por exemplo, matou o Fiesta depois de mais de 40 anos de história justamente pelo mau momento da categoria. Até mesmo a Volkswagen, com o tradicional Polo, já disse ter incertezas sobre sua continuidade neste mercado.

Além da migração do consumidor para SUVs compactos, o segmento enfrenta dificuldades quanto à rigidez nas normas anti-poluição da Europa. O padrão Euro 7 poderá efetivamente significar o fim dos carros pequenos com motores de combustão no continente. Para atender às novas regras, os compactos teriam de ficar até 5 mil euros mais caros, o que comprometeria diretamente a competitividade.

Já em outras regiões, como na América do Norte, o Rio segue em oferta normalmente. Nos Estados Unidos, por exemplo, é vendido nas carrocerias hatchback e sedã e desempenha papel de entrada no portfólio da marca. Já no Brasil, o retorno do Rio é incerto.